Linguagem escrita na Educação Infantil: o que dizem as professoras?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Ellen Marques dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7582699318447706, https://orcid.org/0009-0009-4598-7906
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10502
Resumo: A apropriação da linguagem escrita é essencial para o desenvolvimento cultural das crianças e sua participação ativa na sociedade letrada. No entanto, equívocos e práticas inadequadas relacionadas à linguagem escrita na Educação Infantil continuam a representar desafios significativos. Esta dissertação, intitulada “Linguagem escrita na Educação Infantil: o que dizem as professoras?”, busca responder à seguinte questão-problema: como as concepções das professoras de Educação Infantil influenciam as práticas pedagógicas e, consequentemente, o processo de aprendizagem da linguagem escrita entre crianças de quatro e cinco anos? A partir da Teoria Histórico-Cultural e do Materialismo Histórico-Dialético, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar as concepções de professoras sobre o ensino da linguagem escrita, refletindo sobre suas implicações práticas. A motivação para este estudo está na necessidade de garantir que todas as crianças tenham acesso à linguagem escrita em sua forma mais elaborada, bem como aprimorar as práticas educativas relacionadas ao ensino da linguagem escrita, considerando que uma abordagem adequada pode impactar profundamente o aprendizado e o desenvolvimento infantil. A metodologia utilizada abrange revisão de literatura em duas bases de dados, pesquisa bibliográfica em obras e autores especializados no tema e trabalho de campo com a aplicação de técnicas de observação participante e grupos focais. Devido às limitações práticas, a coleta de dados foi centrada nos grupos focais, permitindo obter informações mais detalhadas das concepções das professoras. A análise dos dados foi realizada a partir da categorização dos resultados de acordo com as palavras-chave pré-estabelecidas: linguagem escrita, leitura, literatura e papel da professora. A amostra do estudo foi composta por nove professoras de Educação Infantil que atendem crianças de quatro e cinco anos de idade, em duas instituições de ensino distintas. Das professoras participantes da pesquisa, sete pertencem à rede pública de Educação Infantil (Centro Municipal de Educação Infantil) e duas professoras pertencem a uma instituição privada, ambas localizadas em Manaus. Os resultados revelaram variações significativas nas concepções das professoras: algumas adotam uma visão técnica reducionista da escrita, enquanto outras a veem como um processo complexo envolvendo elementos simbólicos e contextos reais. A conclusão desta pesquisa aponta que a efetividade do ensino da linguagem escrita está ligada ao conhecimento teórico e prático das professoras e à incorporação adequada das etapas precursoras da escrita nas práticas pedagógicas. Além disso, destaca que a literatura, quando não reduzida a fins didáticos, enriquece o processo educativo e contribui para o desenvolvimento integral das crianças. Ao destacar a necessidade de uma abordagem teórica robusta, alinhada aos princípios da Teoria Histórico-Cultural, e de práticas pedagógicas intencionais, este estudo pode contribuir com as temáticas desenvolvidas na Linha de pesquisa Educação, Interculturalidade e desenvolvimento humano na Amazônia.