Polimorfismos genéticos envolvidos na metabolização/detoxificação em Lúpus eritematoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Marco Aurélio Almeida de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0631028623765995
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9770
Resumo: Introdução. O desenvolvimento das manifestações clínicas em pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico (LES) pode envolver o desequilíbrio de óxido-redução pelo intenso estresse oxidativo a nível celular. No entanto, poucos estudos demonstram a participação genética do metabolismo oxidativo no desenvolvimento dos sintomas no LES. Objetivo. O objetivo deste estudo foi correlacionar os polimorfismos nos genes das enzimas glutationa s-transferase M1, T1 e P1 (Ile05Val/442-16C>T), Superóxido Dismutase (Ala16Val) e Catalase (C-262T) com o LES. Metodologia. Foram selecionadas apenas mulheres, sendo 151 pacientes diagnosticadas com LES atendidas no serviço de reumatologia do Ambulatório Araújo Lima da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e 139 controles, não fumantes, sem sintomas de inflamações, doenças e ou fatores que alterem seu o estado de estresse oxidativo. Resultados. Os níveis de tióis estão diminuídos em pacientes com LES (p<0.001) enquanto os níveis de MDA foram significativamente maiores (p<0.001). Pacientes portadores da dupla deleção M1null/T1null apresentaram frequência 6 vezes maior que os controles (p<0.001, OR 6.03, IC 2.8-13.2). Pacientes apresentaram menor frequência do alelo selvagem Ala/Ala da SOD2 em relação aos controles (13.8% vs 25.5%). Significâncias estatísticas foram observadas na associação entre a dupla deleção T1null/M1null e portadores mutantes dos SNP’s P1 Ile105Val (p=0.003, OR 0.14, CI 0.03-0.56), P1 (p=0.008, OR 0.08, CI 0.01-0.70) e SOD Ala16Val (p=0.003, OR 0.14, CI 0.03-0.53). O mesmo é observado entre os SNP’s Ile105Val e 442-16C>T associados aos genótipos mutantes da SOD Ala16Val (p=0.038, OR 0.28, CI 0.08-0.91) e (p=0.024, OR 0.36, CI 0.15-0.87) respectivamente. Conclusão A dupla deleção M1null/T1null pode contribuir para o aumento do estresse oxidativo no LES devido a deficiência na detoxificação metabólica de xenobióticos. Os polimorfismos da GSTP1 e CAT independentes parecem não influenciar no aumento do estresse oxidativo nestes pacientes e nas manifestações clínicas do LES. Individuos com LES portadores do alelo mutante da SOD podem apresentar maior estresse oxidativo devido a alteração estrutural da proteína e diminuição da produção de H2O2. A associação de genes pode estar envolvida na patogênese da doença através da combinação de mecanismos que elevem o estresse oxidativo.