Nossa terra em outras terras: os descendentes de eslavos na zona da mata rondoniense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paula, Jania Maria de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4133389042872369
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5778
Resumo: O movimento migratório dirigido a Rondônia a partir da década de 1970 levou para aquele estado populações de todas as regiões brasileiras, porém em maiores números as originárias dos estados do centro sul do país e que foram se fixando nas áreas de abrangências dos projetos de colonização implantados e administrados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Dentre as populações inseridas nos processos de migração compulsória que se deslocaram para a Amazônia em busca de terras estão os paranaenses descendentes de eslavos (poloneses e ucranianos), durante as últimas três décadas este grupo de colonos vem contribuindo para a produção do espaço sociogeográfico no Estado de Rondônia e mais especificamente da região conhecida como Zona da Mata Rondoniense formada pelo conjunto de sete municípios, dentre eles Rolim de Moura, Novo Horizonte do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste que compõem o recorte geográfico desta pesquisa. Sob o contexto da reocupação da terra, a Zona da Mata Rondoniense pode ser compreendida como uma face singular da Amazônia onde as concepções do mundo tradicional camponês ainda se revelam naturalmente, tanto aos moradores do campo quanto aos da cidade. Embora com acesso ao mundo globalizado, estas particularidades da população local fazem dela um microcosmo do universo camponês sulino, contam com algumas manifestações culturais já desaparecidas nas grandes cidades do Sul. Esta pesquisa analisou uma parcela da população local que ainda manifesta traços de suas culturas de origem, deste modo, teve como objetivo compreender o modo de vida dos migrantes paranaenses descendentes de eslavos, identificando a forte presença do habitus camponês eslavo em suas manifestações de caráter identitário. Para tanto, foi necessário averiguar os processos de desterritorialização e reterritoliralização que envolveram suas trajetórias migratórias, a construção do novo território embasado nos costumes camponeses e eslavos e a reelaboração de sua identidade regional.