Infância em ocupação urbana: reflexões sobre resiliência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Beatriz Débora Pinheiro Santos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2846853789509145
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7396
Resumo: A resiliência é um constructo com muitas definições, de origens e ênfases diferentes, que se liga ao movimento ativo, na busca por romper a cadeia de repetições imobilizadoras instaurada pelas vivências dolorosas traumáticas. No eixo da reflexão sobre a exclusão social e dos processos subjetivos que envolvem a condição da vulnerabilidade socioeconômica, trago a questão da resiliência, com enfoque na infância vivida no contexto da luta pelo direito à moradia. Assim sendo, o presente estudo tem como objetivo geral compreender os processos de resiliência de crianças que compartilham histórias de adversidades, em uma ocupação urbana de Manaus. Como objetivos específicos, estabeleci: conhecer a rotina das crianças na casa, comunidade local e demais lugares nos quais elas transitam e os recursos utilizados na vida diária para lidar com as adversidades; identificar as pessoas e instituições com as quais as crianças mantêm vínculos; interpretar os sentidos atribuídos pelas crianças às suas vivências relacionadas à moradia e a imagem que elas possuem de si. A pesquisa empregou metodologia qualitativa de cunho etnográfico, com utilização dos instrumentos: observação participante com registro em diário de campo; entrevista semiestruturada com roteiro previamente confeccionado para os pais ou cuidadores; e oficinas de contação de histórias com as crianças. Os participantes das oficinas variaram de 9 a 15 crianças, com idades entre 4 e 11 anos, por oficina, consentidas pelos pais ou cuidadores e 4 mães. Nesse contexto, a infância vista na ocupação urbana Alcir Matos é permeada por situações de adversidades, com problemas oriundos da pobreza e exclusão social, entretanto foram observados aspectos relacionados à resiliência utilizados pelas crianças da ocupação com intuito de lidar com as dificuldades apresentadas a elas no cotidiano. Entre eles estão: autonomia; criatividade e resolução de problemas; formação de vínculos afetivos e utilização das redes de apoio; sentidos de propósito e futuro; consciência; humor perante as intempéries; religiosidade, fé e espiritualidade; e o desejo de narrar suas historias através do brincar, desenhos e jogos infantis.