Corpos que se enfrentam: um duelo agudíssimo na poesia de Luiza Neto Jorge

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Abreu, Carolina Alves Ferreira de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5196584247043347
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6349
Resumo: No livro Poesia 1960-1989, da poetisa portuguesa Luiza Neto Jorge, propus fazer um estudo direcionado à abordagem do corpo da mulher e da representação deste na escrita, no corpo da escrita, melhor dizendo, em consonância com a crítica feminista. Pontos fundamentais foram tratados quanto às problemáticas levantadas a respeito do conhecimento hegemônico durante a história da humanidade tão fundamentado no masculino, bem como às funções a elas impostas na história e na literatura e, contra essas violências, têm buscado autonomia nas relações cotidianas. Emprego por método de crítica literária o criticismo literário feminista apresentado por Donna Perry, em seu ensaio ―A canção de Procne: a tarefa do criticismo literário feminista‖, Elizabeth Grosz, com ―Corpos reconfigurados‖; Donna Wilshire, com ―Os usos do mito, da imagem e do corpo da mulher na re-imaginação do conhecimento‖; Manuela Tavares, acerca do contexto literário no Estado Novo, em Feminismos: percursos e desafios (1947 – 2007). Analiso alguns poemas de Luiza Neto Jorge em que demonstro, conjuntamente, as transgressões no que concerne à estrutura do poema e aos comportamentos impostos à mulher no mundo ocidental, sobretudo, na sociedade portuguesa do século XX. Poesia 1960-1989 revela o modo como o corpo escrita/ mulher reitera uma existência oprimida, mas resistente em seu existir cotidiano. Pela poesia, toda uma história de luta diante de uma sociedade autoritarista e machista portuguesa; pela poesia, um mundo outro. Recebi bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) durante a pesquisa.