Territorialidades en disputa. COCOMACIA, “posconflicto” y resistencias en el medio Atrato, Colombia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Garcia Sánchez, Andrés
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5647750616060225
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Museu Amazônico
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6096
Resumo: Esta tese analisa as transformações da mobilização social occorridas na região do médio Atrato, ao norte do Pacífico colombiano, pelas comunidades negras que compõem o Consejo Comunitario Mayor de la Asociación Campesina Integral del Atrato – COCOMACIA. Durante as últimas três décadas, foram implantadas na região estratégias de resistência e solidariedade para enfrentar os mecanismos de desterritorialização, produzidos pelo extractivismo ilegal, das políticas de intervenção do Estado, da violação de dereitos humanos no contexto do conflito armado e da violação dos direitos étnicos na construção e implementação dos Acordos de Paz. Diante dos efeitos do terror nos corpos, nos territórios coletivos e seus modos de vida, as comunidades camponesas negras se tornaram “dislocadas” e “vítimas”, iniciando não só processos criativos de produção de outras territorialidades, bem como configurando formas inusitadas de coalização com distintos agentes sociais, para demandar cumprimento de seus direitos étnicos, proteção da natureza, reparação coletiva e não repetição das violências na sua contra. O presente trabalho apresenta as respostas que, na cidade do Quibdó, as comunidades negras desterritorializadas vêm elaborando para confrontar a estigmatização, refazer sua existência e elaborar memórias coletivas, para interpelar as formas de esquecimento e abandono do governo. E, finalmente apresenta alguns aspectos do processo de negociação da paz entre o governo nacional e a guerilha das FARC, dando ênfase na intensa mobilização étnica para que suas propostas e aspirações sejam levadas em conta, produzindo novas condições de possibilidade para tentar alcançar uma real apropriação territorial, autonomia política e cumprimento efetivo de seus direitos.