Aporte e decomposição da serapilheira e atributos do solo no contexto socioambiental da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sales, Maria Clécia Gomes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6326260808651904
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7315
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo, obter informações sobre o aporte de material formador da serapilheira, sua taxa de decomposição e os atributos do solo em ambientes de floresta, cerrado e cerradão na Amazônia. Para a avaliação do aporte da serapilheira em cada área estudada, foram instalados dez coletores cônicos. As coletas foram realizadas mensalmente no período de março de 2018 a março de 2019. Após cada coleta, foi feita a triagem das frações folhas, galhos, material reprodutivo e cascas e em seguida as amostras foram secas e pesadas para estimativa da percentagem de cada uma das frações da serapilheira. Para a avaliação da taxa de decomposição, foram instalados em cada área 40 litter bags. As coletas dos litter bags, foram realizadas em intervalos de 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270 e 300 dias, com quatro repetições. Com base nas massas obtidas, foram estimados o percentual de massa remanescente, as taxas de decomposição (k) e o tempo de meia-vida (t1/2). Para a avaliação do efeito da sazonalidade na dinâmica dos atributos do solo, em cada área foram escolhidos quatro pontos de amostragem. A coletas foram realizadas em dois períodos do ano: seco e chuvoso. Os atributos avaliados foram: pH, acidez potência, alumínio trocável, carbono orgânico, estoque de carbono, macroporosidade, microporosidade, umidade gravimétrica, densidade do solo, volume total de poros, textura e estabilidade dos agregados. Os atributos MaP, MiP, Pt, UG, pH, CO, Ds, DMG, DMP e Al3+ não induziram diferenças significativas entre os ambientes e profundidades avaliadas no período seco do ano. Os atributos que apresentaram maiores valores no período chuvoso foram MiP, Pt, UG, pH e Est. C na área de floresta, sendo a maioria nas camadas de 0 – 5, 5 - 15 cm de profundidade. A variação sazonal da precipitação induziu mudanças em 15 dos 16 atributos avaliados, sendo que apenas o DMP não sofreu alteração entre os períodos seco e chuvoso. Porém, as modificações não ocorreram simultaneamente para todas as áreas e profundidades. Os atributos que mais sofreram alterações entre os períodos seco e chuvoso foram: MiP, Pt, Ds, MO e CO, os mesmos apresentaram valores reduzidos no período chuvoso. Os ambientes de floresta e cerradão não apresentaram diferença estatística na produção de serapilheira, porem apresentaram maior deposição quando comparados ao ambiente de cerrado. Os meses em que se verificaram baixos índices pluviométricos coincidem com o período de maior deposição de serapilheira. A fração folha foi a maior contribuinte na produção total da serapilheira, seguida pelas frações galhos, material reprodutivo e cascas. Dentre os ambientes avaliados, a floresta apresentou maior velocidade de decomposição e o cerrado a menor. Ficou evidenciado que o processo de decomposição para todos ambientes estudados ocorreu com maior intensidade no período chuvoso. Ao longo do período estudado, o ambiente de cerrado foi o que apresentou menor constante k (0,0017 g g-1 dia-1) e consequentemente maior tempo de meia vida (407 dias), seguida pelo cerradão (0,0023 g g-1 dia-1 e 301 dias) e floresta (0,0036 g g-1 dia-1 e 192 dias). Dentre os ambientes avaliados, a floresta apresentou maior velocidade de decomposição e o cerrado a menor, o que evidencia que o cerrado demandará mais tempo para que os nutrientes sejam disponibilizados para o solo.