"Não desligue o rádio": o cotidiano musical radiofônico em Manaus (1943-1964)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7336 |
Resumo: | A tese apresenta o cotidiano musical radiofônico e suas inter-relações na formação artística dos artistas. O período analisado de 1943 a 1964 corresponde à fase da Floração de Nogueira (1943 a 1965), é um período com muitos contextos social, político, econômico e cultural que se entrelaçaram no cotidiano e no fazer artístico da cidade. Durante o marco inicial, em 1943, a Rádio Baricea foi administrada pela iniciativa privada, após um período de intervenção militar, chamou-se de Rádio Baré e a fazer parte dos Diários e Rádios Associados de Assis Chateubriand, tendo privilégios em receber artistas nacionais e sua programação baseada nas rádios do eixo Rio de Janeiro e São Paulo. Neste mesmo ano, acontecia a Batalha da Borracha (1943-1945), onde milhares de nordestinos migraram para os seringais da Amazônia, muitos deles situados no Amazonas, para desbravar a floresta, convencidos pelo Estado Novo. Colaborou para o desenvolvimento da região e do país, como também para as relações internacionais e a política da Boa Vizinhança entre o Brasil e os Estados Unidos, levando as matérias-primas, a borracha e a juta, para abastecer a II Guerra Mundial, a partir do suor e do sacrifício dos seringalistas na Amazônia. Durante o marco final, em 1964, ano de início da ditadura militar, um novo ambiente se instaurou no Brasil, novas práticas foram refeitas e ou moldadas, muitos artistas sofreram censuras, foram exilados e perseguidos. O rádio foi mediador local da cultura, bem como gerou um movimento econômico e social, exerceu a função de mediar a integração do homem da floresta e da cidade e de permitir transformações socioculturais no espaço da cidade e nas pessoas que participaram dele. Escolher a imprensa se dá em função dela ser a principal fonte de informação, praticamente as Rádios em Manaus eram os principais veículos de massa, pois tinham uma relação bem próxima e afetiva com o ouvinte da Amazônia. As fontes da pesquisa foram o Jornal do Commercio, Jornal A Crítica, A Gazeta, Revista do Rádio e as entrevistas realizadas com artistas que participaram ativamente do período como Flávio de Souza, Katia Maria e Nazaré Lacouth. As representações do período nos levam a entender suas expressões, como se organizaram, como construíram o cotidiano musical radiofônico, entendendo que representações são todos os personagens, instituições e cenas que mediaram um cenário musical e que proporcionaram novas mudanças na música em Manaus. Rádio Baré, Rádio Difusora e Rádio Rio Mar protagonizaram o cotidiano musical radiofônico, sendo mediadoras das práticas culturais da cidade e formando artisticamente pessoas simples em grandes estrelas e astros da música local e nacional. |