Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Avila, Jackson Gil |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17456
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Resumo: |
O aporte dessa pesquisa se insere nos estudos culturais e nas investigações sobre a historiografia da música popular brasileira e sobre o papel da indústria cultural e dos meios de comunicação de massa, especificamente o rádio e a televisão, na construção da identidade musical brasileira, nas décadas de 1930 a 1950, no primeiro veículo e, 1980, no segundo. Para tanto, buscamos analisar a construção do mito das rainhas do rádio: Linda Batista, Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Mary Gonçalves, Emilinha Borba, Ângela Maria, Vera Lúcia, Dóris Monteiro e July Joy. Analisamos também as estratégias que levaram algumas artistas a serem eleitas rainhas da música, na televisão: Gretchen, a rainha do bum bum; Xuxa, a rainha dos baixinhos; Sula Miranda, a rainha dos caminhoneiros; e Rita Lee, a rainha do rock. Apresentamos, ainda, os programas de auditório que tiveram papel determinante na construção desses ídolos. Procuramos também destacar as demais mídias que deram suporte à manutenção do reinado das artistas, como a indústria fonográfica, o cinema, a imprensa escrita e a publicidade. Voltando o olhar para o nosso estado, buscamos entender o papel que o rádio e a televisão tiveram na construção da identidade musical catarinense, nas mesmas décadas. A pesquisa é qualitativa de descrição, e a técnica utilizada é de análise de conteúdo. Os procedimentos metodológicos têm como pressupostos a macro e a microanálise. O arcabouço teórico recorre a autores que discorrem sobre nação, identidade e indústria cultural, bem como sobre a música, o rádio e a TV. No que tange a Santa Catarina, também demos procedimento a uma busca teórica que desse suporte ao estudo. Nossa tese é a de que a indústria cultural influenciou a construção da identidade musical brasileira, através do rádio nas décadas de 1930 a 1950, e da televisão, nos anos 1980; o que se pode comprovar na análise do papel que os meios de comunicação de massa tiveram, no primeiro momento, como integradores do território e disseminadores da musicalidade que se propunha como representante de um país; e, no segundo recorte temporal, como aglutinadores de uma música, a qual já se mostrava multifacetária e que buscava por um espaço em rede nacional. E é claro que não podemos deixar de frisar a importância dos valores de mercado nesse processo. Quanto à Santa Catarina, pudemos concluir que, tanto no período em que analisamos o papel do rádio quanto no relacionado à televisão, destaca-se um regionalismo muito forte, na busca por um espaço em meio a uma programação retransmitida de uma emissora paulista ou carioca; mas que, pelo menos a partir do meio televisivo, pode produzir duas rainhas da música catarinense: Liza Bonô e Sol. |