Adolescência e vida sexual: um perfil epidemiológico em adolescentes escolares do município de Abaetetuba, Pará
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas - Universidade Federal do Pará
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM - UFPA Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4526 |
Resumo: | A adolescência é uma fase da vida compreendida entre 10 e 19 anos caracterizada pelos conflitos e descobertas. Nessa fase os adolescentes começam a viver suas primeiras experiências sexuais podendo apresentar comportamentos sexuais de risco à infecções por DST/AIDS. Visando identificar comportamentos sexuais de risco e suas possíveis variáveis associadas em adolescentes escolares do município de Abaetetuba, foi realizado um estudo observacional analítico transversal em adolescentes escolares de 14 a 19 anos matriculados no Ensino Médio de quatro escolas da Rede Pública Estadual. Realizaram-se testes estatísticos de “Odds Ratio”, Qui-quadrado de independência, teste G de independência e Análise de Correspondência para o tratamento dos dados. A amostra calculada foi de 603 adolescentes compostos por 61,03% (368) mulheres e 38,97% (235) homens com idade média de 17,14 anos (dp=± 1,14 anos). Já se iniciaram sexualmente 49,25% (297), sendo 54,55% (162) homens e 45,45% (135) mulheres; 50,75% (306) não se iniciaram, sendo 76,14% (233) mulheres e 23,86% (73) homens. A idade média da sexarca foi 15,23 anos e a iniciação sexual precoce esteve associada ao sexo masculino (OR=2,43; IC95%=1,51–3,91; p=0,0003). O início da vida sexual esteve associado à prática inconsistente da religião (OR=8,33; IC95%=3.15–22,05; p<0,0001). O uso do preservativo na primeira relação sexual esteve associado gênero, sendo que mulheres tiveram uso mais consistente nessa ocasião (OR=2,04; IC95% 1,20–3,47; p=0,011); não usaram preservativo 29,97% (89) adolescentes, sendo 52,81% (47) mulheres e 47,19% (42) homens. A renda familiar esteve associada à iniciação sexual (p=0,0113). Os múltiplos parceiros sexuais nos últimos três meses estiveram associados ao sexo masculino (p=0,0001), sendo que este gênero apresentou significância estatística de relação com as categorias “duas”, “três” e “mais de quatro” com 83%, 78% e 80%, respectivamente. A principal fonte de informações sobre sexo e sexualidade foram os amigos e 91,71% (553) nunca fizeram exame de detecção do HIV. Verificam-se comportamentos sexuais de risco entre os adolescentes do estudo, em especial do sexo masculino; assim faz-se necessário a implementação de políticas voltadas à saúde sexual e reprodutiva dos mesmos a serem promovidas pelas famílias, escolas, instituições religiosas e poder público. |