Biologia reprodutiva e alimentar de Bothrops atrox (serpentes, viperidae) nas regiões central e sudoeste da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gonçalves Bisneto, Pedro Ferreira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9443119243528777
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5547
Resumo: A jararaca Bothrops atrox é uma serpente de ampla distribuição e localmente abundante na Amazônia. Visto que a biologia reprodutiva e alimentar de serpentes varia geograficamente, objetivamos caracterizar a história natural de indivíduos provenientes das porções central e sudoeste do bioma. Para isso, analisamos espécimes preservados coletados na área compreendida entre as regiões metropolitanas dos municípios brasileiros de Manaus e Porto Velho. Foram aferidas medidas morfométricas e realizadas análises gonadais e do trato digestório de 109 exemplares. Fêmeas atingem a maturação sexual com tamanhos corporais maiores. Adultos da espécie apresentam marcado dimorfismo sexual em tamanho, sendo que fêmeas são, em média, maiores. O ciclo reprodutivo parece estar sincronizado com o regime de chuvas regional, o qual difere daquele encontrado em outras porções do bioma. A espécie possui dieta generalista, com a ingestão de uma ampla gama de presas tais como lacraias, anuros, lagartos, serpentes e mamíferos. Neste estudo foi registrada pela primeira vez a predação da serpente Imantodes cenchoa (Dipsadidae) por B. atrox. Há mudança ontogenética na dieta: indivíduos menores se alimentam principalmente de presas ectotérmicas (lacraias, anuros, lagartos e serpentes) e adultos tendem a incorporar itens endotérmicos (mamíferos) ao repertório alimentar.