Análise do risco de viés em estudos de revisão sistemática sobre a relação entre as alterações do valgo ou varo do joelho e a melhora da dor ou função nos distúrbios do joelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moraes, Wandréa Sylvia Lorett Angulo de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6413133696284996, https://orcid.org/0000-0002-0457-6686
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Física e Fisioterapia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7865
Resumo: A dor no joelho é a segunda desordem musculoesquelética mais prevalente, sendo a osteoartrite (OA), a dor patelofemoral (DPF) e a lesão de ligamento cruzado anterior (LCA), as que possuem maior prevalência e incidência. O alinhamento do joelho no plano frontal e transverso pode predispor e/ou acelerar a evolução da OA, DPF e lesão do LCA. Apesar do potencial benefício biomecânico dos diversos tratamentos conservadores para melhorar o alinhamento dinâmico do membro inferior no plano frontal e transverso, ainda não está claro, se, de fato, corrigir o valgo e/ou varo do joelho nos pacientes com distúrbios no joelho está associado a melhora da dor e/ou função dos mesmos. Um importante passo para a busca desta questão é analisar o risco de viés dos ensaios clínicos que avaliaram o valgo/varo do joelho, dor e/ou função. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo principal analisar o risco de viés dos estudos que avaliaram as alterações do valgo ou varo do joelho e a melhora da dor ou função de indivíduos com distúrbios do joelho de estudos incluídos em revisão sistemática. Para tal, foi realizada uma análise do risco de viés dos estudos incluídos em revisão sistemática. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As buscas eletrônicas foram conduzidas em cinco bancos de dados: Medline e EMBASE via Ovid, CINAHL e SPORTDiscus via EBSCO e Web of Science. Dois revisores independentes realizaram a seleção e um terceiro pesquisador foi consultado quando houve discordância A extração e análise dos dados foram conduzidas por dois pesquisadores independentes. A avaliação do risco de viés dos estudos incluídos foi realizada através da ferramenta Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials (RoB 2). Dos 20 estudos incluídos, 15% (n=3) foram considerados de baixo risco de viés, 35% (n=7) apresentaram pontos metodológico(processo de randomização, desvios das intervenções pretendida, mensuração do resultado e seleção do resultado reportado) que deixam preocupações quanto ao risco de viés e 50% (n=10) foram considerados de alto risco de viés. Os domínios relacionados a mensuração do resultado (Domínio 4), desvios das intervenções pretendidas (Domínio 2) e seleção do resultado reportado (Domínio 5) apresentaram a maior porcentagem de alto risco de viés. Para diminuição do risco de viés, evitando a subestimação ou superestimação do verdadeiro efeito de intervenção, sugere-se que os estudos futuros utilizem avaliadores, terapeutas e participantes cegos quanto a intervenção recebida pelos participantes, realizem a análise de intenção de tratar, e reportem o plano de análise prévio dos dados.