Fontes autotróficas de energia de peixes de importância comercial do Lago Grande, Manacapuru-Am, Brasil
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6118 |
Resumo: | As áreas de várzea da região Amazônica apresentam uma ictiofauna abundante e diversificada, sustentando a atividade de maior importância da região, a pesca. Essas áreas sofrem variações sazonais no nível das águas, fazendo com que haja uma variação na disponibilidade e diversidade de alimento nos períodos de seca e cheia para as espécies. Este trabalho investigou as fontes autotróficas de energia de peixes de importância comercial do lago Grande. As amostras dos peixes e as fontes autotróficas de energia foram coletadas nos períodos de seca e cheia do lago Grande, Manacapuru, AM, Brasil. Foram determinadas a composição isotópica de C e N do músculo dorsal dos peixes e das fontes autotróficas (fitoplâncton/seston, macrófitas aquáticas C3 e C4 e plantas da floresta alagada). Para o cálculo das estimativas das contribuições das fontes autotróficas de energia utilizou-se o modelo de mistura com múltiplas fontes através do programa computacional Isosource. Na seca coletaram-se amostras de fitoplâncton/seston, macrófita C3 e macrófita C4 com valores médios de 13C e 15N de -34,9‰ ( 0,6) e 5,9‰ ( 0,5); -29,3‰ ( 1,6) e 7,1‰ ( 1,5) e - 12,7‰ ( 0,4) e 8,4‰ ( 1,3), respectivamente. No período de cheia coletaram-se amostras de fitoplâncton/seston, macrófitas C3, macrófitas C4 e plantas da floresta alagada com valores médios de 13C e 15N de -31,8‰ ( 0,3) e 6,1‰ ( 0,2), -29,3‰ ( 1,5) e 3,6‰ ( 1,6), - 11,3‰ ( 0,1) e 6,6‰ ( 2,9), -29,1‰ ( 1,5) e 3,3‰ ( 1,9), respectivamente. As espécies de peixes nos períodos de seca e cheia apresentaram uma faixa de variação de 13C de -27,4‰ a -34,7‰ e de 15N de 2,5‰ a 11,9‰. Para os cálculos das estimativas das contribuições das fontes autotróficas foi necessário unir as fontes macrófitas C3 e plantas da floresta alagada, pois essas apresentaram valores isotópicos de carbono e nitrogênio similares, passando esse grupo a ser definido como macrófitas C3/plantas da floresta alagada. As estimativas da contribuição das fontes autotróficas no período de seca demonstraram que O. bicirrhosum, P. nigricans, Astronotus sp. e C. macropomum possuem como fonte de maior contribuição o fitoplâncton/seston, com valores de contribuição de 54,6%, 98,3%, 70,4% e 94,7%, respectivamente. A única espécie que apresentou macrófitas C3 no período de seca como fonte de maior contribuição foi a P. brachypomus com 48,4%. No período de cheia Astronotus sp. continuou tendo o fitoplâncton/seston como fonte de maior contribuição (84,0%), enquanto C. macropomum e P. brachypomus apresentam as macrófitas C3/plantas da floresta alagada com 48% e 82,5%, respectivamente. As espécies C. monoculus, M. duriventre, P. squamosissimus, P. nattereri apresentaram como fonte autotrófica de energia durante os períodos de estudo as macrófitas C3/plantas da floresta alagada como fonte de maior contribuição, com valores de 64,6%, 96%, 50% e 80,5%, respectivamente. A espécie H. malabaricus durante os períodos de estudo apresentou o fitoplâncton/seston como fonte de maior contribuição para a espécie (46,1%). A investigação das fontes autotróficas de energia demonstrou que para as espécies O. bicirrhosum e P. nigricans o fitoplâncton/seston foi a fonte de maior importância para as espécies no período de seca. As espécies C. monoculus, M. duriventre, P. squamosissimus e P. nattereri não mudaram sua fonte autotrófica de energia durante os períodos de estudo apresentando como fonte de maior importância para sua biomassa as macrófitas C3/plantas da floresta alagada. As espécies Astronotus sp. e H. malabaricus não mudaram também sua fonte autotrófica de energia durante os períodos de estudo apresentando o fitoplâncton/seston como fonte de maior importância. Entre as espécies estudadas somente as espécies C. macropomum e P. brachypomus mudaram sua fonte autotrófica de energia. Na cheia apresentaram as macrófitas C3/plantas da floresta alagada, na seca C. macropomum o fitoplâncton/seston e P. brachypomus as macrófitas C3 como fonte de maior importância. |