Estudo comparativo entre a Via Lateral de Hardinge e o Acesso Minimamente Invasivo para o tratamento de fraturas intertrocantéricas com o Dynamic Hip Screw

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Abreu, Eduardo Lima de
Outros Autores: lattes.cnpq.br/6982578842886719
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6732
Resumo: Justificativa: As fraturas intertrocantéricas são um problema de saúde pública, com frequência elevada na população idosa. É uma condição de tratamento idealmente cirúrgico, o que faz dessa doença uma entidade de grave morbidade. A técnica escolhida para a fixação dessas fraturas deve ser reprodutível, pouco agressiva, com baixas taxas de complicações e bons resultados funcionais. O sistema Dynamic Hip Screw (DHS) é uma das várias opções de síntese utilizadas em todo mundo para o tratamento dessas fraturas, e sua instalação através de acesso cirúrgico minimamente invasivo (MIPO – Minimally Invasive Plate Osteossynthesis) é pouco documentada na literatura mundial. Objetivos: O objetivo do estudo é comparar as técnicas de fixação de fraturas intertrocantéricas, tratadas com o DHS, através das vias de acesso lateral de Hardinge e minimamente invasiva, avaliando o grau de dor, a perda hematimétrica, as alterações inflamatórias, bem como avaliar os aspectos funcionais no seguimento pós-operatório imediato (POI). Método: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo cego, no qual 70 pacientes foram submetidos à osteossíntese pelo sistema DHS. Os pacientes foram divididos em um grupo teste, em que a via de acesso utilizada foi a MIPO e um controle, com a via de Hardinge. O grupo submetido ao tratamento pela via MIPO apresentou menor grau de dor pós-operatória, em comparação ao grupo tratado pela via de Hardinge. Resultados: Os pacientes operados pela via de Hardinge apresentaram uma elevação de aproximadamente 2 pontos na escala de dor, no POI, enquanto os pacientes do grupo teste apresentaram queda de 3 pontos nessa escala (p<0,01). Esse resultado refletiu-se no menor consumo de medicação opioide pelo grupo teste. Nos exames físicos realizados no POI, 59% dos pacientes do grupo teste conseguiram sentar-se com leve auxílio, no leito, contra 18% do grupo controle. A elevação do membro operado no POI foi conseguida por 73% dos pacientes do grupo teste e por apenas 18% do grupo controle. Os pacientes submetidos ao tratamento pela via minimamente invasiva também apresentaram uma menor taxa de perda hematimétrica (p<0.01). A fixação das fraturas intertrocantéricas com o sistema DHS instalado por via minimamente invasiva mostrou-se superior ao tratamento com a via de acesso tradicional de Hardinge. Os pacientes apresentaram menor perda hematimétrica (p<0,01) e o grau de dor pós-operatória foi consideravelmente menor (p<0,01). Conclusões: Por se tratar de um tratamento com importante morbidade, a menor agressividade cirúrgica na fixação das fraturas intertrocantéricas deve ser considerada e a via de acesso minimamente invasiva mostrou-se superior à via tradicional de Hardinge, devendo, portanto, ser uma tendência no tratamento dessas fraturas.