COVID-19 no Brasil: carga da doença, efetividade vacinal e efeitos da vacinação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Cleber Vinicius Brito dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22846
Resumo: A pandemia de COVID-19 representou o maior desafio sanitário do século XXI. O Brasil, um dos países mais afetados, implementou um amplo programa de vacinação. Este estudo visa quantificar o impacto da COVID-19 e da vacinação no país. Através de análises de dados epidemiológicos, foram estimadas (i) a carga da doença em termos de anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs) em 2020, (ii)a efetividade das diferentes vacinas utilizadas, (iii) o número de casos graves e óbitos evitados pela imunização e (iv) o quanto receber a vacina contra COVID-19 afetou na estadia hospitalar de pacientes com COVID-19. A COVID-19 causou um grande impacto na saúde da população brasileira, resultando em mais de 5 milhões de DALYS e, assumindo que não houve grandes mudanças no padrão de adoecimento entre 2019 a 2020, a carga da COVID-19 seria classificada como a principal causa de doenças e incapacidade no Brasil. Observamos também que o esquema primário de vacinação conferiu proteção acima de 25% e 50%, respectivamente, mesmo após 19 semanas, as doses de reforço conferiram uma maior proteção quando comparados com o esquema primário, com as doses heterólogas conferindo uma proteção maior que as doses de reforços de vacinas homólogas. A vacinação no Brasil evitou um aumento de 74% no número de casos graves (n = 875.846) de COVID-19 e um aumento de 82% no número de óbitos (n = 303.129) no primeiro ano da campanha nacional de vacinação. Por fim, observamos que o tempo médio de estadia hospitalar para os que receberam a vacina foi menor que os não vacinados e que receberem ao menos uma dose da vacina aumentou a probabilidade de alta em relação aos não vacinados. Os resultados da tese contribuem para uma melhor compreensão da dinâmica da pandemia no Brasil e podem auxiliar na formulação de políticas públicas de saúde.