A legitimação do poder econômico e da governabilidade de Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus direcionada à plebe romana (23 a.C. – 14 d.C.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barros, Sidney de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16425
Resumo: A História Econômica, após um período de considerável reducionismo e abandono, revive hoje uma importante fase de recuperação de sua produção. Não apenas clássicos de outras épocas estão sendo revisitados, como também uma geração de novos trabalhos nos campos da História Social, Cultural e Política está surgindo como resultado desse movimento. Esse novo processo instaurado possibilitou analisar o viés econômico através do contato e diálogo com outros campos do saber, o diálogo interdisciplinar, que outrora não possuía. Através deste contato pluridisciplinar, tornou viável a análise econômica do testamento político de Octavianus Augustus, Res Gestae Divi Augusti, no que tange ao estudo da economia imperial neste período, em que as assistências financeiras, doações, construções e toda pompa festiva do princeps direcionadas à plebe romana, tornou possível uma releitura do documento em questão e o estabelecimento de fundamentos intrínsecos aos estudos da Economia na Antiguidade. Com o intuito de desmistificar e/ou de ampliar as discussões e os debates historiográficos realizados em torno das atribuições do cargo de tribunus plebis e dos poderes que o circundam, procuramos estabelecer nuances de extrema pertinência ao relacionar os poderes e títulos instituídos a Augustus, cujas práticas tem relação intrínseca com a participação do princeps à plebe como parte das preocupações inclusivas deste segmento social na política econômica do Principado, a constituírem os pilares de sustentação do processo legitimador de seu poder em Roma. Conscientes da existência de ampla historiografia sobre a temática da política do pão e circo dos romanos - expressão cunhada nos escritos milenares de Juvenal o qual, certamente de maneira lúcida e empírica, apresenta diferente ponto de vista sobre a temática – condicionamo-nos ao desenvolvimento da pesquisa com o intuito de estabelecer, através da historiografia possível, relação entre a ação política praticada por Augustus, cujo alvo principal era a plebe romana, a fim de alcançar seus objetivos como mantenedor da paz, líder benevolente e pater familias, ou seja, o princeps das provisões necessárias à plebe de Roma. A utilização da política do pão e circo por Augustus, com o intuito de respaldar-se no apoio da plebe ao seu sistema de governo, contribuiu para maior inserção deste segmento social na economia no Principado.