Tecendo histórias e afetos: Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amorim, Maria Inês Freitas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19351
Resumo: A tese apresenta as encruzilhadas de narrativas presentes no romance Um Defeito de Cor (2017), de Ana Maria Gonçalves, analisando como o ato de contar histórias e o afeto enquanto movimento decolonial são mobilizados pela autora para construir a perspectiva de uma mulher negra, que vivenciou a escravização, durante o século XIX brasileiro. O discurso hegemônico da história do Brasil tende a apagar as histórias de escravizados, silenciando suas vozes. Em um ato de insubmissão decolonial, a escrevivência de Ana Maria Gonçalves (re)conta uma visão sobre o passado, preenchendo lacunas e criando memórias. As investigações estão embasadas em conceitos como colonialidade (CÉSAIRE, [1955] 2020; LUGONES, 2020; KILOMBA, 2019), identidade amefricana (GONZALEZ, [1988] 2018), traduções interculturais (SALGUEIRO, 2012), necropolítica (MBEMBE, 2018) e epistemicídio (CARNEIRO, 2005). Também ancoram as reflexões propostas textos sobre feminismo negro (DAVIS, [1981] 2016; hooks 2015, 2020), feminismo decolonial (LUGONES, 2007, 2019; VERGÈS, 2020), escrevivência (EVARISTO, 2005, 2020) e o afeto enquanto categoria analítica (SILVA, 2011; hooks, 2021).