Caracterizações petrográfica e química de horizontes calcissilicáticos e ocorrências de scheelita na região de Arapeí, leste do Estado de São Paulo
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19756 |
Resumo: | Na porção leste do Estado de São Paulo, sudeste do Brasil, especificamente na região do município de Arapeí, foram estudadas ocorrências do mineral scheelita associadas às rochas calcissilicáticas da Unidade Beleza, pertencente ao segmento central da Faixa Ribeira, especificamente, à Klippe Paraíba do Sul. Na Unidade Beleza ocorrem lentes métricas a centimétricas de rochas calcissilicáticas (bandadas e maciças) e mármore calcítico-dolomítico. A scheelita – tungstanato de cálcio (CaWO3) - é um mineral de importante interesse econômico pois é rico no elemento W (tungstênio). O tungstênio é um elemento químico metálico pertencente à classe dos metais de transição, é o metal que apresenta o maior ponto de fusão (3.422 °C), a menor pressão de vapor e a maior resistência à tração sendo seu ponto de ebulição de 5.700 °C. Suas características físico-químicas conferem ao metal uma ampla aplicabilidade dentro do mercado nacional e internacional e suas aplicações passam desde a confecção de filamento de lâmpadas incandescentes e eletrodos, catodos e anticatodos de aparelhos de raio-X até lâminas de precisão cirúrgica e componentes da indústria bélica e aeroespacial. O maior produtor de W mundial é a China, que detém aproximadamente 65% das reservas mundiais. No Brasil o principal estado produtor de tungstênio é o Rio Grande do Norte, onde ocorre a maior produção histórica de scheelita, (região do Seridó), especialmente nos municípios de Currais Novos, São Tome e Acari. Na região de Arapeí, onde o presente trabalho foi desenvolvido, segundo Pereira e Avila (2008), a scheelita encontrada em nas áreas de Arapeí e Piquete está associada às rochas calcissilicáticas interestratificadas em conjuntos representados por biotita gnaisse e hornblenda-biotita gnaisse, quartzitos e mármores. As amostras de concentrado de bateia retiradas nos leitos dos rios, que cortam a Unidade Beleza, comprovaram a ocorrência do mineral, com resultados de MEV-EDS apresentando um teor de W muito elevado, característico do mineral scheelita. A baixa concentração de W na análise geoquímica das rochas calcissilicáticas e a presença de scheelita nos concentrados de bateia indicam que o mineral se encontra disperso e em baixa concentração nas lentes de rochas calcissilicáticas presentes na região. Os estudos das unidades litológicas relacionadas à essas faixas, podem contribuir para uma ampliação da pesquisa mineral em terrenos de médio a alto grau metamórfico no estado do Rio de Janeiro, apontando um novo enfoque e potencial nestes, com base na importância estratégica e econômica do W para a indústria. |