Proveniência das rochas metassedimentares dos diferentes terrenos tectono-estratigráficos da Faixa Ribeira Central, com base em dados U-Pb e Lu-Hf obtidos em grãos de zircão detríticos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23208 |
Resumo: | Este trabalho consiste no emprego das metodologias U-Pb e Lu-Hf, utilizadas em cristais de zircão detríticos, para o entendimento de proveniência em associações metassedimentares neoproterozoicas de diferentes domínios da Faixa Ribeira Central, no Sudeste do Brasil. São avaliados os seguintes grupos: a) São Fidélis do Domínio Costeiro, b) Bom Jesus de Itabapoana do Domínio Cambuci, c) Paraíba do Sul e d) Raposos do Domínio Juiz de Fora. O Grupo São Fidélis apresenta fontes de idades entre ca. 3,3 Ga e 2,5 Ga, associadas a granitóides presentes nas paleoplacas São Francisco e Congo, e robustas contribuições do Paleoproterozoico e do Mesoproterozoico. Contribuições do Riaciano-Orosiriano entre 2,2 e 2,0 Ga sugerem eventos registrados no Cráton São Francisco (CSF) correspondentes ao desenvolvimento de arcos magmáticos, e idades em torno de 1,9 Ga são atribuídas aos ortognaisses do embasamento do Terreno Cabo Frio, último a se juntar aos demais terrenos da Faixa Ribeira Central. Contribuições detríticas do final do Paleoproterozoico e do Mesoproterozoico, de ca. 1,7 e 1,5 Ga, com assinatura juvenil, estariam relacionados aos episódios anorogênicos extensivos no CSF. Apresenta cristais com idades entre 1,5 e 1,0 Ga, comuns nos terrenos correspondentes do lado africano. As idades do Neoproterozoico obtidas em grãos de zircão detríticos em ca. 900 Ma de alta razão Th/U apontam magmatismo extensional no CSF, e contribuições entre 898-823 e 794-620 Ma estão relacionados aos arcos magmáticos juvenis neoproterozoicos do Terreno Oriental (Serra da Prata e Rio Negro). Em relação ao Grupo Bom Jesus de Itabapoana, os dados obtidos apresentam populações de assinatura crustal, que concentram no Neoproterozoico, em intervalos de idades 206Pb/208U em ca. 553-609 Ma, ca. 615-638 Ma, ca. 640-699 Ma e ca. 728-778 Ma. Os dados do Grupo Paraíba do Sul apontam contribuição do Arqueano, com idades entre 3220 e 2560 Ma, e fontes paleoproterozoicas com moda principal em 2,1 Ga. Esta sequência metassedimentar siliciclástica apresenta contribuição relacionada ao próprio embasamento Paleoproterozoico-Arqueano. Idades do Neoproterozoico foram obtidas em grãos com textura de recristalização compatíveis com o desenvolvimento de arcos magmáticos cordilheiranos nas faixas Ribeira e Araçuaí. Em relação ao Grupo Raposos, os dados coletados indicam fontes arqueanas, com idades entre 3378 Ma e 2514 Ma, e paleoproterozoicas de intervalo de idades entre 2383 e 1624 Ma. No Terreno Oriental as marcantes contribuições recentes estão relacionadas ao desenvolvimento de arcos magmáticos orogênicos do Neoproterozoico. As supracrustais dos terrenos Ocidental (Grupo Raposos) e Paraíba do Sul (Grupo Paraíba do Sul), com associações de ambasamento documentadas, apontam marcante contribuição do Paleoproterozoico ca. 2,1-2,2 Ga. |