Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA) x Estado brasileiro: ateísmo, laicidade e conflitos jurídicos na formação do primeiro movimento social ateísta do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Firmino, Danilo Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13531
Resumo: O principal objetivo do trabalho proposto foi o de investigar a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA), formada em 2008 e presidida atualmente por Daniel Sottomaior. Tendo como principais objetivos a defesa do ateísmo e da laicidade do Estado, acredita no poder judiciário como o principal caminho para que suas demandas sejam atendidas, entrando em conflitos judiciais constantes com o Estado brasileiro. Para compreender melhor as motivações e o ateísmo proposto pelo grupo, a dissertação investigou a experiencia ateísta contemporânea conhecida como neo-ateísmo , definida por muitos autores como um movimento organizado de ateus com amplo alcance no Ocidente, que pretende demonstrar os males da religião e agir para seu fim. Dessa maneira, a dissertação procurou demonstrar de qual forma se constituiu o próprio conceito de ateu interpretado pela ATEA, encontrando no materialismo francês do século XVIII e em Barão de Holbach, célebre filósofo ateu da época, importantes fundamentos que irão reverberar no ateísmo contemporâneo. A hipótese que se defende é que a ATEA pode ser considerada a maior representante do neo-ateísmo no Brasil, o primeiro movimento social ateu brasileiro, procurando desenvolver uma identidade ateísta baseada no mundo entendido de forma estritamente materialista, na defesa da laicidade interpretada como exclusão total da religião no Estado, além da ciência como o principal caminho na defesa do ateísmo.