Estudos sobre produção escrita em português como segunda língua para surdos: o que revelam as pesquisas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Protasio, Carla Alves Brazil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6964
Resumo: Atualmente muito se tem discutido sobre inclusão na sociedade e na escola. Nesse cenário, observam-se como questões centrais em torno das quais as discussões vêm se organizando, quando se trata da surdez, as relacionadas à adoção de uma perspectiva bilíngue de ensino e, sobretudo, ao ensino do português escrito. Por ser a inclusão de alunos surdos nas salas de aula regulares, de certa forma recente, é possível perceber as relações entre a Língua Brasileira de Sinais e a língua portuguesa como um campo de tensão. E, nesse sentido, por afetar direta ou indiretamente todos os níveis e graus de ensino, torna-se um campo produtivo tanto de investigação quanto de produção e divulgação de conhecimento. Nesta perspectiva, o presente estudo se propõe mapear, caracterizar e analisar a produção acadêmica brasileira das últimas décadas - de 1987 a 2016, na Produção textual em língua portuguesa como segunda língua para surdos, que tenha como foco a articulação entre surdez, técnicas e processos de aprendizagem da produção textual em português escrito por alunos surdos. Tomando como base a natureza descritiva da pesquisa, inspirada nos princípios da pesquisa do tipo estado da arte, este estudo se apoia, para tratar da surdez e da aquisição da língua portuguesa por surdos, nas contribuições de autores como Fernandes (2003), Quadros (1997), Skliar (1997); sobre a importância do signo para o estabelecimento da língua, se apoia em Peirce (1980), Vygotsky (1989) e Pottier (1978). Como fonte principal para a coleta de dados, utilizou-se a plataforma CAPES. Os dados e resultados revelam que boa parte da produção acadêmica sobre surdez e produção escrita de/para surdos se concentra na região sudeste. Chama a atenção o fato de a maioria das produções dos últimos anos estarem na área da Educação. É também evidente a necessidade do contexto bilíngue para a aprendizagem da língua portuguesa escrita como segunda língua para os alunos surdos, e uma formação de professores mais coerente com as necessidades desses sujeitos, sobretudo no que se refere à organização de experiências de aprendizagem mais significativas. Para isso, o uso de aparatos visuais, bem como, de novas tecnologias, aplicativos precisam ser mais bem explorados no ensino de português escrito para surdos.