O objeto a lacaniano e a diferença sexual em psicanálise
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20490 |
Resumo: | A sexualidade humana é um tema enigmático que, no decorrer da história da humanidade, recebeu diversas elucubrações a partir dos discursos das religiões, das ciências, das mitologias etc. A cada época, a seu modo, a civilização apresenta novos sintomas e discursos que tentam explicar o que permanece como um mistério, um enigma: o sexo. Na atualidade não é diferente: observamos o quanto estão em pauta debates em torno do sexo e do gênero, ora com o discurso da ciência e do capitalismo, ora com o discurso das teorias de gênero, pela luta de direitos civis e igualdade entre os sexos e os grupos identitários LGBTQIA+, ora, também, com o discurso da religião articulado à política totalitária com pautas retrógradas. Foi a partir do enigma do sexo que Freud, em meio ao contexto médico de sua época, pôde escutar o sujeito em sua singularidade e desejo. No discurso do analista, é o objeto a como vazio e causa de desejo que possibilita a cada sujeito inventar em sua diferença radical como saber fazer com o real do sexo. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a diferença sexual para a psicanálise em articulação com o conceito lacaniano de objeto a. Para isso, fizemos uma revisão bibliográfica sobre o contexto histórico das sexualidades que não se enquadram na norma heterossexual e o que a psicanálise tem a dizer sobre as questões de gênero que não se reduzem somente às identificações imaginárias e simbólicas, mas ao campo do real e do gozo. Além disso, torna-se também imprescindível que a psicanálise, sustentada em sua ética enquanto teoria e práxis, considere os diversos instrumentos de resistência no laço social frente à violência necropolítica sofrida pelas ditas minorias sexuais. Concluímos que o conceito de objeto a nos ajuda a compreender não somente a violência necropolítica sofrida pelas ditas “minorias sexuais” (gays, trans, bi etc.), mas também a orientar a psicanálise na via da ética do desejo, o desejo de extrair a diferença absoluta de cada ser falante. |