Dois lugares, dois caminhos: Maracanã e São Januário
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13267 |
Resumo: | Para sediar a Copa do Mundo de futebol em 2014, alguns estádios brasileiros escolhidos para realizar as partidas passaram por transformações em seus espaços, provocando inúmeras mudanças tanto no seu entorno como em seus interiores com a colocação de cadeiras nas arquibancadas, coberturas e a construção de espaços gourmet, sob a alegação de maior conforto e segurança para os torcedores. Este trabalho busca a identificação e a comparação da Arena Maracanã com o antigo conceito de estádio, sobretudo, com o Estádio de São Januário (RJ), observando os usos e as identidades que ambos os conceitos de práticas do futebol geram para os participantes. Com a introdução dessa nova economia do futebol, essas medidas ajudaram a afirmar o processo de elitização, que já estava em curso, do estádio do Maracanã e tornaram o acesso ao estádio mais seletivo e excludente. Entretanto, a poucos quilômetros deste estádio, está localizado o estádio de São Januário, que pertence ao Clube de Regatas Vasco da Gama e que não passou pelas mesmas transformações do futebol moderno. Por apresentar características de um futebol tradicional com arquibancadas de concreto, sem cobertura e com livre circulação por toda a sua arquibancada, e ainda, por estar localizado em um território ocupado por uma comunidade que convive com os torcedores e com o clube em seu cotidiano, este passou a apresentar características mais hostis para receber os jogos, não se enquadrando nos padrões exigidos pelos novos gestores do futebol. Nessa direção, a hipótese principal do trabalho é que os espaços de torcer de ambos os estádios (internos ou externos) são ocupados de forma diferenciada por seus torcedores. Esta análise compara as diferentes trajetórias de ambos os estádios enquanto lugares de torcer, assim como identifica os distintos processos de apropriações espaciais em seus arredores. Foi possível observar que, com a realização do Mundial de 2014, a privatização do Maracanã foi acelerada e ainda ocorreu o aumento do processo de marginalização dos estádios que não possuem os padrões de qualidade exigidos pela FIFA, e São Januário passou a ser um território hostil. Desta forma, este tenta manter suas tradições mesmo com o aumento do processo de arenização e elitização dos estádios brasileiros |