A bússola do Catolicismo Apostólico Romano apontada para o Sul Global: uma análise das mudanças implementadas pelo papado de Francisco na política externa da Santa Sé para a China
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23571 |
Resumo: | A presente dissertação analisa as mudanças na política externa da Santa Sé para a China durante o papado de Francisco, destacando a orientação do Catolicismo Apostólico Romano para o Sul Global, uma vez que o atual Pontífice é pioneiro no âmbito. Este estudo objetiva compreender como as supracitadas mudanças refletem a tentativa do Vaticano de fortalecer sua presença e influência em regiões emergentes, com foco particular na República Popular da China, país com uma complexa relação histórica e política com a Igreja Católica. Para atingir tal objetivo, utiliza-se uma abordagem qualitativa exploratória, baseando-se em uma revisão detalhada de documentos oficiais do Vaticano e declarações papais, a nível de fontes primárias, além de materiais acadêmicos sobre a política externa da Santa Sé. Em detalhe, opta-se pela Análise de Conteúdo, a fim de possibilitar processos de sistematização e codificação do material recortado. Os resultados revelam que o Papa Francisco adotou uma postura mais conciliatória e diplomática em relação à China, exemplificada pelo Acordo Provisório de 2018 Sobre a Nomeação de Bispos, que representa um marco nas relações sino-vaticanas, é interpretado como uma tentativa de diálogo e reconciliação, buscando assegurar a presença da Igreja Católica em território chinês sem confrontar diretamente o governo local. Argumentos aqui demonstrados evidenciam, ainda, que a política externa de Francisco reflete uma estratégia de expansão religiosa adaptada às realidades do Sul Global, priorizando o diálogo e a construção de pontes culturais e políticas. Essa abordagem contrasta com políticas anteriores mais rígidas e joga luz sobre uma reconfiguração da missão diplomática da Santa Sé no cenário internacional contemporâneo. Ao direcionar seus esforços para regiões emergentes, o Vaticano não apenas amplia sua influência global, mas também responde às mudanças demográficas e às demandas sociais de um mundo em constante transformação. |