Crise do capital e crise na produção científica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Rafael Carduz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14977
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem por objetivo sustentar a hipótese da existência de uma crise na ciência, tomando por fundamento a crise na produção científica, sua existência como crise de paradigmas em diferentes campos científicos e sua relação com a crise orgânica do capital. A relevância deste tema advém das implicações da crise no desenvolvimento de políticas públicas. A pesquisa empírica realizada demonstra que existem diversas concepções de crise em diferentes campos da ciência, como Crise de Reprodutibilidade, Crise Estatística, Crise do Produtivismo Acadêmico, etc. Todas estas problemáticas são ardorosamente debatidas pela comunidade de pesquisadores. Contudo, observa-se a ausência, na maioria das interpretações da revisão bibliográfica desta dissertação, de uma preocupação com as causas mais fundamentais destes problemas. A crise de paradigmas nas ciências deve ser compreendida à luz da crise orgânica do capital, que por sua vez se manifesta como crise econômica mundial. A tendência à erosão do paradigma do valor, conforme apontada por Marx nos Grundrisse, resultado do processo de automação identificado com a terceira fase da Revolução Industrial, constrange a produção científica, que deve ser considerada em seu duplo aspecto: através do seu valor de uso, derivado do acúmulo do conhecimento humano sobre os objetos estudados, mas também através do seu valor de troca, o que explica sua moldagem ao papel que ela crescentemente passa a ocupar no centro do processo de valorização de capital