Perda e/ou ganho de massa corporal afeta estresse oxidativo e esteatose hepática em camundongos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7881 |
Resumo: | A doença gordurosa hepática não alcoólica (DGHNA) está emergindo como a doença mais comum no mundo ocidental, devido à sua associação com a obesidade. A obesidade é um problema de saúde pública que atinge indivíduos de todas as classes sociais e em todas as faixas etárias. Não se conhece exatamente através de qual mecanismo, mas sabe-se que o estresse oxidativo (EO) possui forte ligação com o desenvolvimento e progressão da DGHNA. Uma dieta hiperlipídica e consequente obesidade podem prejudicar as vias de sinalização celular e estimular a produção de radicais livres (RL) com consequentes alterações no metabolismo. A via de sinalização celular e modificações metabólicas relacionadas à obesidade estão bem descritas na literatura, no entanto a correlação entre esses fatores e os marcadores de EO no tecido hepático associados à flutuações de peso necessitam de mais investigações. O objetivo deste estudo foi investigar o impacto da perda e do ganho de massa corporal em marcadores de EO no fígado de camundongos C57BL/6 alimentados com dieta hiperlipídica (HF) e sua associação com a presença de esteatose hepática, testes de função hepática, adiposidade e perfis lipídicos e glicêmicos. Camundongos machos C57BL/6 com três meses de idade foram divididos em quatro grupos (n = 10, cada): grupo alimentado com dieta padrão (grupo SC, 10% do total de energia a partir de gordura) durante 16 semanas, grupo alimentado com alto teor de gordura (grupo HF, 50% do total de energia a partir de gordura) durante 16 semanas. Uma parte do grupo SC trocou para a dieta HF (grupo SC-HF) e por fim uma parte do grupo HF trocou para a dieta SC (grupo HF-SC). Nos grupos SC-HF e HF-SC, cada período de dieta durou 8 semanas. Como resultado tem-se que os animais dos grupos SC-HF e HF apresentaram diminuição dos níveis de RNAm e da expressão proteica de enzimas antioxidantes no fígado. A presença de elevados níveis de ALT no grupo HF pode ser indicativo de lesão hepática, resultado revertido no grupo HF-SC que apresentou valores similares aos do grupo SC. Observou-se também no grupo HF aumento da adiposidade intra-abdominal e subcutânea, intolerância à glicose e hipercolesterolemia em comparação com os animais do grupo SC. Nossos resultados demonstram que a perda de massa corporal induzida unicamente pela troca de dieta é uma estratégia importante para reduzir a esteatose hepática e melhorar a expressão proteica e gênica das enzimas antioxidantes melhorando também os efeitos metabólicos adversos oriundos da obesidade. Parte deste benefício pode ser conferida por uma redução do estresse oxidativo hepático. |