Análise morfológica das sementes de Piper L. (Piperaceae) do Leste Metropolitano do Estado do Rio de Janeiro, Brasil: uma contribuição para os estudos da quiropterofauna
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19773 |
Resumo: | As sementes são estruturas vegetativas resultado da fecundação do óvulo desenvolvido de uma flor, que através do processo de dispersão existente, o realizado por animais, possibilita o ciclo da vida de cada espécie. Os frutos de Piper liberam óleo essencial que atraem os morcegos, seus principais dispersores, ao se alimentarem dos frutos engolem as sementes que passam pelo trato intestinal sem danificá-las. Piperaceae é uma das maiores famílias dentre as angiospermas basais e possui distribuição pantropical. No mundo atualmente inclui aproximadamente 4.300 espécies, distribuídas em cinco gêneros: Manekia Trel., Peperomia Ruiz & Pav., Piper L., Verhuellia Miq. e Zippelia Blume. No Brasil foram identificadas 468 espécies, concentradas principalmente nas florestas Amazônica e Atlântica. Geralmente habitam áreas sombreadas, úmidas ou margens de rios, bordas de mata e no interior de clareiras, naturais ou abertas por ação antrópica. Seu uso é diversificado na culinária, medicina popular, rituais de matriz africana, ornamental e constituintes químicos. Os morcegos têm preferência por frutos de Piper e as sementes encontradas em suas fezes podem auxiliar na compreensão de sua dieta. A falta de estudos morfológicos das sementes, dificulta tanto a determinação em nível de espécie em trabalhos sobre a dieta dos morcegos, quanto os trabalhos taxonômicos de Piper L. O objetivo do estudo é diferenciar as sementes das espécies de Piper L. que ocorrem no Leste Metropolitano Estado do Rio de Janeiro, relacionando-as com a dieta de morcegos, seus principais dispersores. A área de estudo é formada pelos municípios de Guapimirim, Itaboraí, Magé, Niterói, São Gonçalo e Tanguá e ocupa 1.701,553 km². Foi realizado um levantamento nas bases de dados Jabot e Specieslink, como também trabalhos referentes a Piperaceae do Leste Metropolitano do Estado do Rio de Janeiro e consulta aos herbários do Museu Nacional (R), e da Faculdade de Formação de Professores da UERJ (RFFP) e do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB), além de coletas que foram incorporadas aos herbários RFFP e RB. Foram extraídas de uma a cinco sementes de cada espécie, variando até cinco exsicatas de cada espécimes, conforme a disponibilidade, podendo chegar a um total de 25 por espécie. Estas foram tratadas com técnicas indicadas em literatura. Encontramos 41 espécies de Piper, mas utilizamos 37 devido à carência de material fértil e atualmente a não ocorrência de alguns táxons atualmente no Leste Metropolitano. As sementes se apresentaram com um número variável de formas, sulcos, simetrias, cores e ornamentação da testa, que reunidos fornecem informações para identificação e diferenciação das espécies. |