Ponto de corte para o Modelo Homeostático de Avaliação da Resistência à Insulina associado à síndrome metabólica para adolescentes brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Chissini, Rafaelle de Barros Caxiano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8552
Resumo: O Modelo Homeostático de Avaliação da Resistência à Insulina (HOMA-IR) permite a avaliação indireta da resistência à insulina. Contudo, não existem pontos de corte para adolescentes brasileiros com amostra representativa da nossa população. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo determinar o ponto de corte para o HOMA-IR associado à síndrome metabólica (SM) para adolescentes brasileiros. É um subprojeto do Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes (ERICA), que é um estudo seccional multicêntrico nacional de base escolar. Foram elegíveis para participar do ERICA adolescentes de 12 a 17 anos, de ambos os sexos, que frequentavam escolas públicas e privadas das cidades brasileiras com mais de 100.000 habitantes. O tamanho amostral proposto no projeto original que previa uma amostra com representatividade local, regional e nacional foi de 74 mil indivíduos. Os alunos que aceitaram participar foram entrevistados, submetidos à avaliação antropométrica e da pressão arterial sistêmica. Nos alunos do turno da manhã foram coletadas amostras de sangue para dosagem de colesterol total, lipoproteína de alta densidade, triglicerídios, glicose e insulina plasmática. Calculou-se o índice HOMA-IR e o índice de massa corporal por idade e sexo. Para a classificação da SM foi utilizado o critério do International Diabetes Federation. A curva Receiver Operating Characteristic (ROC) foi construída para identificar o melhor ponto de corte para o HOMA-IR associado à SM na população total e de acordo com o sexo. Também foi realizada a distribuição em percentis do HOMA-IR e da insulina, segundo idade e sexo. Foram obtidas informações completas do questionário, medidas de pressão arterial, antropometria e análises bioquímicas de 37.815 adolescentes. Os melhores pontos de corte para o HOMA-IR associados à SM na população total, no sexo feminino e masculino foram 2,80, 2,32 e 2,87, respectivamente. De acordo com os pontos de corte estabelecidos, a prevalência de resistência à insulina na população total foi de 19,1%, a frequência de resistência à insulina foi 5,3 vezes maior nos adolescentes obesos do que nos adolescentes eutróficos e 2,3 vezes maior no sexo feminino do que no sexo masculino. Em relação à distribuição do HOMA-IR e da insulina, as medianas tenderam a diminuir com a idade em ambos os sexos. Espera-se que os resultados apresentados possam servir de referência para a identificação da resistência à insulina em adolescentes, possibilitando intervenção precoce e a prevenção de doenças crônicas futuras.