A circulação de Georges Canguilhem no Brasil: para além do normal e patológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cruz, Murilo Galvão Amancio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19357
Resumo: Georges Canguilhem (1904-1995), filósofo francês, possui uma extensa produção intelectual cuja importância percorre diferentes áreas do saber. Apesar da variedade de temas abordados pelo autor, parece prevalecer um discurso quase monotemático – quando se trata de seu pensamento no Brasil – relativo ao debate em torno de sua tese, O normal e o patológico. Tal fenômeno se relaciona aos processos de recepção e circulação de suas ideias, marcados pelo campo de construção da Saúde Coletiva brasileira. Por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas com intelectuais brasileiros protagonistas deste cenário, procurei investigar e construir uma parte da história de sua recepção e circulação no país a fim de apreender o movimento que alçou o discurso do normal e patológico como protagonista. Em paralelo, a construção desta narrativa permitiu revelar outras leituras, localizadas em campos e grupos externos à saúde. Tendo em vista alguns acontecimentos históricos e sociais particulares, o período privilegiado de análise compreendeu o início dos anos 70 até o final dos anos 90. Com efeito, as leituras de Georges Canguilhem no Brasil, apesar de protagonizadas pelo campo da saúde, não são unívocas e homogêneas e estão para além do normal e do patológico. Sendo assim, apresento cinco facetas que caracterizam este processo e permitem compreender a extensão e peculiaridade de sua circulação em território nacional: a) a História das Ciências na primeira metade da década de 70; b) o campo da Saúde Pública (mais adiante reconfigurada epistemologicamente como Saúde Coletiva) a partir de 1975; c) o campo psi desde o final dos anos 70; d) a história epistemológica apresentada por Roberto Machado no início dos anos 80; e) a leitura contemporânea empreendida entre o final dos anos 90 e o final dos anos 2000.