Humanização e desumanização na escola: o que dizem os gostos e desgostos na tecitura complexa dos sentidos produzidos sobre as práticas escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Caetano, Vitor Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica - CAp UERJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7186
Resumo: A presente dissertação, tendo como tema central a humanização, entendida em sua complexidade, objetiva captar os sentidos que estudantes e professores atribuem às práticas humanizantes que realizam e as que se submetem ou são submetidos nas relações de convivência dentro do cotidiano escolar. Para isto, tomamos como arcabouço teórico-metodológico as contribuições feitas a temática humanização desenvolvidas por Paulo Freire no campo da Educação, e Suely Ferreira Deslandes, para o campo da Saúde, complementada por outros autores. A esta discussão trouxemos também as ideias de Complexidade de Edgar Morin, que nos permitiu caracterizar a humanização e seu contraposto, a desumanização, como fios que compõem a tecitura de um fenômeno complexo. Relativamente aos processos de entendimento e análise dos sentidos humanizantes e desumanizantes captados dos atores pesquisados, nos utilizaremos do campo das Representações Sociais, que formulada inicialmente por Serge Moscovici, é desenvolvida por diversos pesquisadores. Entre os caminhos possíveis que poderíamos escolher para revelar os fios dessa trama complexa, optamos por apurar junto aos estudantes do 5º e 9º anos, pertencentes a uma escola da rede pública municipal do Rio de janeiro, que sentidos são produzidos sobre as praticas que comumente fazem no cotidiano escolar, seja por gosto ou não, em que possamos reconhecer aspectos humanizantes e desumanizantes. Aquilo que foi evocado, somado às justificativas dadas ao que mais gostavam e mais desgostavam, nos possibilitou organizar núcleos de sentido em torno do que lhes causa encanto, lhes dando gosto, motivando, despertando o desejo de estar na escola. Mas também conhecer o seu contraditório o que gera neles sentimentos de angústia, desinteresse, sofrimento ou mesmo indiferença. E não sendo esta uma investigação sobre a detecção do nível de satisfação dos estudantes com a escola, nos interessamos em apurar, sobre o que manifestaram gostar ou não, sentidos que apontariam indícios da ocorrência de situações, que podemos interpretar como humanizantes e desumanizantes, relacionando-as às práticas que ocorrem dentro do ambiente escolar. Também revelando impactos sobre a convivência entre estes atores.