Permanência e desistência de indivíduos no voluntariado: variáveis disposicionais e organizacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Evlyn Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17839
Resumo: Diante da diversidade de dificuldades existentes, milhares de indivíduos auxiliam aos que requerem algum tipo de ajuda material ou imaterial por meio da doação do seu tempo e energia em um trabalho voluntário. O voluntariado é compreendido como um comportamento pró-social, que não envolve recompensas financeiras e materiais para sua realização. Apesar da relevância do seu papel social e dos efeitos positivos hauridos pelos próprios voluntários, ainda há lacunas quanto aos fatores que interferem em sua execução duradoura. Sendo assim, a presente tese realizou, por meio de dois estudos, uma investigação acerca de fatores disposicionais e organizacionais que influenciam positiva ou negativamente na continuidade como voluntário. Participaram do estudo qualitativo 40 sujeitos, de ambos os sexos, a partir de 18 anos. Destes, 20 estavam realizando algum trabalho voluntário por, no mínimo, seis meses, enquanto 20 eram ex-voluntários. Os dados brutos das entrevistas foram transcritos e passaram pela análise de conteúdo, que resultou em 15 categorias de fatores contribuintes para a continuidade e 13 para o encerramento. Já no estudo quantitativo, a amostra foi composta por 110 sujeitos, de ambos os sexos, a partir de 18 anos, sendo 55 voluntários (Grupo 1) e 55 ex-voluntários (Grupo 2). Os participantes responderam a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal, fatores Amabilidade e Neuroticismo do Inventário dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade, Escala de Bem-Estar Subjetivo e Escala de Resiliência. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente no Software R. A comparação entre os grupos revelou que os voluntários atuais apresentaram níveis significativamente maiores em tomada de perspectiva do outro, afeto positivo, satisfação com a vida e resiliência, ao passo que os ex-voluntários foram superiores em angústia pessoal, neuroticismo e afeto negativo. Espera-se que a identificação de fatores que interferem na permanência ou desistência de um trabalho voluntário possa contribuir para a elaboração de propostas de intervenção direcionadas aos voluntários e instituições a fim de que haja uma redução da taxa de abandono.