Efeito da suplementação oral com L-arginina sobre a microcirculação/vasoreatividade, perfis pressórico e metabólico de mulheres jovens e idosas com envelhecimento bem-sucedido, diabetes Mellitus tipo 2 e sarcopenia
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22218 |
Resumo: | Introdução: A L-arginina é um aminoácido envolvido em vários processos fisiológicos, é precursor do óxido nítrico (NO), estimula a secreção de insulina e melhora a vasodilatação dependente do endotélio. A biodisponibilidade reduzida de L-arginina/NO está associada ao processo de envelhecimento e disfunção vascular demonstrado pela diminuição da vasoreatividade. Na senescência, a sarcopenia, (perda da massa e diminuição da função musculares), e o Diabetes Mellitus acometem mais de 50% dos idosos acima dos 80 anos, principalmente mulheres, aumentando a morbimortalidade cardiovascular. Assim como o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), a sarcopenia está associada a resistência à insulina, declínio de fluxo de sangue capilar e diminuição da vasodilatação dependente do endotélio, porém ainda não conhecemos o efeito da L-arginina na microcirculação de idosas com sarcopenia, DM2 comparadas a idosas com envelhecimento bem-sucedido. Objetivo: Investigamos a hipótese de que 14 dias de suplementação com 5 g de L-arginina atuaria melhorando a vasoreatividade, a microcirculação, a pressão arterial, assim como os perfis metabólicos glicídico e lipídico além da função renal em jovens hígidas e idosas com envelhecimento saudável, com DM2 e com sarcopenia. Métodos: Foram incluídas 98 mulheres oriundas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na faixa etária de 25-30 anos e idosas de 65 anos ou mais e distribuídas nos seguintes grupos: JS (25 jovens saudáveis controle), IS (25 idosas saudáveis controle) definidas pela ausência de déficit cognitivo e de comorbidades exceto hipertensão arterial leve, idosas com sarcopenia primária (ISP = 25) definidas como portadoras de Índice de Massa Muscular £ 6,37kg/m2 e Força de Preensão Palmar (FPP) £ 20kgf, idosas com Diabetes Mellitus Tipo 2 (IDM2 = 23) definidas como portadoras de hemoglobina glicada ³ 6,4%, aceitando aquelas com hipertensão arterial leve com uso apenas de 1 anti-hipertensivo, excluindo diuréticos. Foram realizadas avaliação clínica, perfis bioquímicos (glicêmico [glicose, Hb], lipídico [colesterol total [CT], triglicerídeos [TG], lipoproteína de alta densidade [HDLc], lipoproteína de baixa densidade [LDLc], e função renal (creatinina e ureia)], avaliação da microcirculação por videocapilaroscopia do leito periungueal - VCLP (densidade capilar funcional [DCF], diâmetros capilares (aferente [DAF], apical [DAP] e eferente [DEF]), velocidade de deslocamento de hemácias [VDH] basal, VDH máximo após isquemia de 1 minuto em quirodáctilo [VDHmax] e tempo para alcançar VDHmax [TVDHmax]) e pletismografia de oclusão venosa - POV (fluxo sanguíneo basal, fluxo sanguíneo máximo durante hiperemia reativa pós oclusão [HRPO] de 5 minutos da artéria braquial, fluxo máximo após aplicação de 0,4mg nitroglicerina sublingual ), antes e após suplementação com L-arginina. Avaliação da composição corporal por DXA e FPP foram usadas para caracterização da sarcopenia. O efeito da L-arginina em cada grupo usou teste Wilcoxon pareado. A comparação intergrupos foi feita com os testes de Kruskal-Wallis Test e Dunn. Significância estatística com p<0,05 foi adotada. Resultados: A suplementação com L-arginina não alterou os perfis glicêmico/lipídico e a função renal em nenhum dos grupos avaliados. Entretanto, houve diminuição da pressão arterial sistólica, diastólica e média nas mulheres idosas. A análise da microcirculação pela VCLP não revelou alteração estrutural, modificação dos diâmetros capilares, nem modificação da perfusão através da DCF em nenhum dos grupos. A L-arginina aumentou significativamente a VDHmax em todos os grupos exceto no ISP e não diminuiu significativamente o TVDHmax no grupo IDM2. A POV mostrou melhora significativa da vasoreatividade durante a hiperemia reativa e depois de 0,4 mg de nitroglicerina sublingual em todos os grupos exceto ISP. Conclusão: A suplementação oral com L-arginina (5g/dia) por 14 dias foi eficaz para melhorar a saúde vascular/microvascular de mulheres jovens, idosas com envelhecimento bem-sucedido e com diabetes mellitus tipo 2, porém insuficiente para idosas com sarcopenia primária |