Em Defesa da Ordem : Debates Parlamentares sobre a Violência no Brasil da Nova República
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12471 |
Resumo: | O Brasil apresenta um patamar elevado de violência, traduzido em diversos indicadores, como o número de homicídios ou as taxas de encarceramento da população. Parte expressiva desta violência é de responsabilidade do Estado brasileiro, que através de suas polícias mata milhares de cidadãos a cada ano. Esta tese adota uma das muitas abordagens possíveis para a compreensão deste fenômeno, da perpetuação da violência em nossa sociedade. Isso será feito a partir da análise de três debates parlamentares nos quais são apresentados discursos que percebem a violência e seu enfrentamento a partir da lógica da guerra, contribuindo para a reprodução de mecanismos também violentos de resolução dos conflitos sociais. Os debates sobre o desenho institucional das forças armadas do Estado no âmbito da Assembleia Nacional Constituinte (1987-8), sobre o Estatuto do Desarmamento (2003) e sobre a proposta de redução da maioridade penal (2015) permitem atualizar o lugar da violência como fiadora da ordem. A adoção de tal linha de pesquisa deriva da constatação de que a reprodução dos eventos de violência no cotidiano não pode ser entendida apenas por meio de seus elementos materiais ou propriamente institucionais, como o número de armas em circulação ou como os processos de treinamento dos policiais brasileiros. Para além disso, é preciso compreender como a circulação de certos discursos forma enquadramentos que determinam as condições nas quais o uso da violência é considerado legítimo ou pelo menos normal. |