A influência da dieta hiperlipídica pré-natal e/ou pós-natal na morfologia da próstata, dos testículos e nos parâmetros espermáticos de ratos Wistar adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Pamella Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12299
Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da dieta hiperlipídica pré-natal e/ou pós-natal nos parâmetros metabólicos, na morfologia da próstata ventral, na morfologia e na função testicular de ratos Wistar aos 4 meses de idade. Vinte fêmeas foram alimentadas com dieta controle (C) ou <i>high-fat</i> (HF), durante a gestação e a lactação. Após o desmame, os filhotes machos foram divididos em 4 grupos experimentais: C/C (n=8), C/HF (n=8), HF/C (n=9) e HF/HF (n=8), onde a primeira letra/sigla indica a dieta materna e a segunda letra/sigla a dieta da prole. Os parâmetros biométricos, o metabolismo lipídico, o perfil glicêmico, os níveis de testosterona, o índice gonadossomático, os depósitos de gordura epididimária, os parâmetros espermáticos, os testículos e a próstata ventral foram avaliados. Os parâmetros biométricos e as medições das gônadas foram similares entre os grupos. A dieta hiperlipídica pré-natal aumentou os níveis de triacilgliceróis e a dieta hiperlipídica pós-natal diminuiu os níveis de HDL-c (P=0,0005 e P=0,0100, respectivamente). A dieta hiperlipídica, independentemente do período de administração, promoveu hiperglicemia (P=0,0064). A concentração espermática foi menor no grupo HF/HF comparado ao HF/C (P=0,0072) e a viabilidade espermática foi menor em todos os grupos que receberam a dieta hiperlipídica comparado ao grupo C/C (P<0,0001). O compartimento tubular foi menor no grupo HF/HF (P<0,0001) e o diâmetro do túbulo seminífero foi maior no grupo HF/C (P<0,0001), comparados aos demais grupos. A altura do epitélio seminífero foi menor em todos os grupos comparado ao C/C (P<0,0001). Os níveis de testosterona sérica e a expressão da proteína reguladora aguda esteroidogênica (StAR) foram menores no grupo C/HF comparado ao C/C (P=0,0218 e P=0,0215, respectivamente). A área acinar foi reduzida em todos os grupos que receberam a dieta hiperlipídica comparado ao grupo C/C (P<0,0001). A altura do epitélio prostático foi menor nos grupos HF/C e HF/HF em comparação aos grupos C/C e C/HF (P<0,0001) e a densidade volumétrica do epitélio foi menor no grupo HF/C comparado aos grupos C/C e C/HF (P=0,0024). A densidade volumétrica do tecido conjuntivo foi menor nos grupos HF/C e HF/HF (P<0,0001) e a densidade volumétrica das células musculares lisas foi reduzida nos grupos C/HF e HF/C (P=0,0013), comparados ao grupo C/C. Conclui-se que a dieta hiperlipídica pré-natal e/ou pós-natal promoveu poucas alterações metabólicas, porém reduziu a próstata, alterou a morfologia testicular e os parâmetros espermáticos. Esses dados sugerem que a programação metabólica por dieta hiperlipídica comprometeu a atividade secretora e a contratilidade da próstata e ocasionou distúrbios na espermatogênese.