Crises e desafios políticos e midiáticos: o processo de estatização do gasoduto Brasil-Bolívia (2006)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16456 |
Resumo: | Esta dissertação analisa os desafios políticos que envolveram a nacionalização do gasoduto Bolívia-Brasil, no âmbito da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos, em maio de 2006. Buscamos demonstrar como a crise Bolívia-Brasil serviu para a mídia mainstream expressar valores e posições convergentes com aqueles defendidos pela oposição política ao governo petista, em particular aos objetivos da política externa regional, expressando, assim, a tensão da transição de uma política externa subordinada passiva para uma política externa subordinada conflitiva. Para os propósitos desta pesquisa, selecionamos o jornal O Globo porque é órgão da imprensa que faz parte do Grupo Globo, que possui domínio em outros mercados, o que amplia excepcionalmente seu poder de agência política. A metodologia empregada, Análise de conteúdo e a Análise de discurso, permitiu identificar e analisar a localização das notícias e o conteúdo discursivo jornalístico sobre a crise em foco, evidenciando as posições amplamente desfavoráveis à América Latina como um todo, e, por consequência, representando mais um desafio para o governo brasileiro na solução dessa crise. Do ponto de vista teórico, adotamos a interdisciplinaridade apoiando-nos em vertentes da Teoria Crítica, da Economia Política da Comunicação, e em Nicos Poulantzas. Concluímos que o fracasso do poder de influência da mídia, nesse caso, se demonstra na continuidade da política regional do governo Lula, que manteve sua posição conciliadora e aprofundou a política de cooperação regional. Destacamos como os resultados do pós-crise não afetaram a continuidade do fornecimento de gás boliviano para o país, e como o governo brasileiro deu início a um programa para fortalecer a prospecção interna de petróleo e de gás, buscando alcançar uma autonomia no setor. |