Proeja e mundo do trabalho: inserção, reinserção e horizonte precário
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14715 |
Resumo: | Esta tese tem por objeto a Educação de Jovens e Adultos (EJA) integrada à Educação Profissional (EP) no nível médio a partir da experiência do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), especificamente em cinco campi ofertantes, a saber: Arraial do Cabo, Duque de Caxias, Nilópolis, Pinheiral e Rio de Janeiro. À luz das mudanças vivenciadas pelo capital nas últimas décadas, de seus impactos sobre processo produtivo e na reorganização do Estado, buscamos entender as mediações existentes entre as práticas educativas do Proeja e o mundo do trabalho. Defendemos que nestas práticas se expressa um projeto de formação profissional orientado pela lógica da precarização do trabalho e um movimento próprio de (re) inserção profissional impactado pela desintegração da promessa integradora da escola e dos padrões civilizatórios experienciados em nossa forma capitalista dependente e desigual. Indicamos que as ações do Estado brasileiro para a formação e qualificação profissional dos trabalhadores têm servido ao propósito de conformar estes mesmos sujeitos aos interesses mais imediatos do capital e adaptá-los à nova morfologia do mundo do trabalho. Apesar das contradições emanadas por políticas desta natureza ao possibilitar a ampliação da escolarização e abrir oportunidades de melhorias da condição de vida (ainda que restritas), questionamos a possibilidade do Proeja cumprir as pretensões com os quais se encontra comprometido. Valemo-nos da perspectiva e categorias próprias do materialismo histórico-dialético e do sentido da educação unitária. Por instrumentos, elegemos publicações e documentos institucionais do IFRJ, questionários (com questões abertas e fechadas) aplicados aos sujeitos discentes ingressantes, concluintes e egressos. A este último grupo destinou-se também a técnica de grupo focal e aos coordenadores de curso e de estágio, entrevistas. Concluímos que mesmo que registremos impactos de diferentes naturezas na vida dos sujeitos atendidos pelo Programa, os mesmos se dão no permanente amesquinhamento de direitos e na negação reiterada do acesso pleno à emancipação. O conteúdo das promessas de (re) inserção profissional do IFRJ aos sujeitos discentes do Proeja corroboram para formar e conformar sujeitos ao horizonte da precarização da vida social e trabalho |