Confiabilidade de dois aplicativos de celular para aquisição de modelos 3D dos tecidos moles faciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Renata de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21762
Resumo: O escaneamento facial permite a aquisição de imagens 3D que representem a anatomia do paciente com confiabilidade, o que aumentou consideravelmente a capacidade diagnóstica. Objetivando-se avaliar a acurácia e a precisão de um método simples, de baixo custo e sem exposição à radiação ionizante para a aquisição de imagem facial 3D foram selecionados dez pacientes adultos, 5 de cada gênero que foram submetidos ao exame de tomografia computadorizada de feixe cônico (padrão-ouro) e, imediatamente, foram escaneados com os aplicativos Bellus3D Face (BF) e Bellus3D Dental (BD). Os modelos faciais foram superpostos, divididos em 14 regiões anatômicas de interesse (RAI) e comparados com o auxílio dos programas Geomagic Qualify® e MeshValmet®. A acurácia e a precisão foram avaliadas através de valores de Root Mean Square (RMS). A comparação dos dados foi realizada pelos testes de Wilcoxon para uma amostra e ANOVA de Friedman, que também foi utilizado para comparar as diferenças entre os aplicativos. O teste de Wilcoxon para amostras pareadas foi utilizado para avaliar diferenças entre os modos Face+Neck e Full Head. A análise dos dados foi complementada pelos gráficos de Bland-Altman. Verificou-se diferença estatisticamente significativa (p≤0,05) em ambos os aplicativos, para todas as RAI’s e entre todos os métodos avaliados. Para análise de acurácia, o menor erro médio no aplicativo BF foi de 0,27mm±0,12mm na região de dorso nasal (DN) (p=0,002). Por outro lado, a área que apresentou maior discrepância foi a região goníaca direita (RGD), com erro médio de 3,1mm±2,18mm (p=0,002). Em relação à acurácia do sistema BD, observou-se um menor desvio de 0,33mm±0,27mm, na região de DN e na região infraorbitária esquerda (RIOE), que também apresentou desvio de 0,33mm±0,31mm (p=0,002). Já a área de maior erro médio foi a região goníaca esquerda (RGE), com 2,24mm±2,56mm (p =0,002). Os aplicativos BF e BD não se mostraram precisos, pois todas as medidas foram diferentes de zero (p≤0,05). Para a precisão do aplicativo BF, os erros médios variaram de 0,18mm±0,1mm (p=0,002), para a região de DN a desvios de 1,03mm±0,44mm (p=0,002) para região submandibular (RSM). Para o aplicativo BD, os erros variaram de 0,16mm±0,19mm (p=0,004), na região infraorbitária direita (RIOD) a 1,42mm±1,29mm (p=0,002) na região de pogônio mole (RPM). Em relação à medida de relevância clínica aceitável, comumente considerada 2mm, apenas as regiões goníacas bilateralmente e região submandibular apresentaram desvios entre 2 e 3mm para os dois aplicativos. Concluiu-se que apesar dos métodos de avaliação tridimensional por dispositivos portáteis demonstrarem-se promissores, os aplicativos avaliados não apresentaram acurácia e precisão adequadas para obtenção de um modelo 3D facial confiável.