Reconstrução biogeográfica do Neocretáceo com base nos padrões de distribuição da paleoictiofauna
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5901 |
Resumo: | O Neocretáceo representou um período mudanças ambientais no planeta que funcionaram como eventos vicariantes que impactaram os padrões de distribuição da biota. A Biogeografia Histórica pode ser utilizada para reconstruir esses padrões levando em consideração o espaço-tempo. O objetivo desse trabalho foi a elaboração e compreensão de um panorama da distribuição da paleoictiofauna de Osteichthyes do Neocretáceo da América do Sul e África através de abordagens de Biogeografia Histórica. A Pan-biogeografia fornece padrões de distribuição de táxons sem relações de parentesco correlacionando a sua ocorrência geográfica com a história geológica da Terra a fim de buscar uma história em comum entre as suas distribuições ao longo do tempo. A Análise de Parcimônia de Endemismos determina Áreas de Endemismo levando em consideração diferentes processos históricos, estabelecendo relações dessas áreas para revelar a história comum entre suas biotas. Para a Pan-biogeografia foi feito um levantamento das ocorrências atuais da icitiofauna de Osteichthyes do Neocretáceo da América do Sul e África. As coordenadas foram obtidas de forma direta ou por georreferenciamento. Após a obteção das ocorrências com coordenadas atuais, estas foram convertidas em paleocoordenadas pelo programa Point Tracker for Windows e os traços individuais (TIs) e generalizados (TGs) foram obtidos pelo programa ArcView GIS v3.2, utilizando a extensão Trazos2004 para cada andar do Neocretáceo. Na interseção de Traços Generalizados, foram indentificados Nós Biogeográficos. Para a Análise de Parcimônia de Endemismos foi construída uma matriz de presença e ausência relacionando áreas pré-determinadas e os táxons para cada andar. A matriz foi submetida ao algoritmo de parcimônia Traditional Search através do software TNT 1.1. Foram obtidos cladogramas de Área com indicações de Áreas de Endemismos e estas foram plotadas em paleomapas. A título de comparação foram utilizados os mesmos táxons para as duas metodologias. Para os seis andares foram obtidas 573 ocorrências, 384 táxons, 39 Traços Individuais, 10 Traços Generalizados, dois Nós Biogeográficos e cinco Áreas de Endemismo. Conclui-se que os padrões de distribuição da paleoicitiofauna de Osteichthyes da América do Sul e África para o Neocretáceo ainda estão vinculados ao rifiteamento de Gondwana. Transgressões marinhas também tiveram um papel de destaque no padrão de distribuição. O Cenomaniano, Turoniano e Maastrichtiano apresentaram uma grande variedade de peixes e padrões de distribuições puderam ser identificados. O intervalo ConiacianoSantoniano apresenta uma baixa variedade de peixes que pode ser explicada pelos eventos tectônicos e geológicos secundários decorrentes do rifiteamento de Gondwana que podem ter dificultado a deposição e formação de fósseis. Há similaridade entre a fauna sul-americana e africana com indícios de uma origem comum pretérita datada do rompimento de Gondwana. As duas metodologias estudadas nesse trabalho representam abordagens capazes de obter padrões de distribuição de táxons fósseis e podem ser usadas de maneira complementar. |