Análise de meteoritos por técnicas não destrutivas com aplicações para astrobiologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dias, Bruno Leonardo do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Física Armando Dias Tavares
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12963
Resumo: Os meteoritos são excelentes materiais de estudo para as ciências planetárias por serem artefatos históricos da nebulosa solar que possuem informações sobre as características da evolução química e física do material primordial que formou grande parte dos planetas e de outros corpos do nosso sistema solar. Além disso, os meteoritos possuem inúmeras implicações para o estudo da vida no sistema solar e consequentemente para a Astrobiologia. Os meteoritos condritos carbonáceos, por exemplo, possuem uma estrutura baseada em carbono e compostos orgânicos. Outros exemplos são os meteoritos marcianos e os lunares. Os meteoritos marcianos podem nos fornece informações relacionadas à possibilidade de saber se no presente ou no passado recente de Marte existiram condições de habitabilidade, em que a vida poderia ter se estabelecido. E nos meteoritos lunares é possível estudar o processo da origem da Lua e sua relação com a formação do nosso planeta. Desse modo, o trabalho foi desenvolvido através das amostras de 3 meteoritos marcianos (NWA 6963, NWA 7397 e Zagami), 1 meteorito lunar (NWA 8277) e outros 2 meteoritos condritos carbonáceos (Murchison e Allende). Essas amostras meteoríticas foram analisadas por meio de técnicas analíticas não destrutivas, com o objetivo de demonstrar como essas técnicas podem ser utilizadas para auxiliar nos estudos e caracterização de materiais geológicos extraterrestres de forma esclarecedora, não destrutiva e bem ilustrativa de forma a ter relevância para a Astrobiologia na compreensão dos processos astrofísicos que ocorreram durante evolução de nosso sistema solar. Dessa forma, a metodologia utilizada para adquirir imagens de possíveis incrustações e da configuração estrutural interna desses materiais foi realizada através da técnica de microtomografia computadorizada e as análises da composição química desses meteoritos foram obtidas por meio das técnicas de Raman e de Fluorescência de raios X. Os resultados gerados a partir do desenvolvimento desse tipo de metodologia se mostraram bastante eficientes, pois foi possível obter dados sobre a formação estrutural, composição química e mineralógica dos meteoritos sem a necessidade do preparo das amostras, que geralmente ocasiona a perda das informações originais do material analisado.