Avaliação da resposta imunológica após imunização de indivíduos adultos saudáveis com a vacina conjugada contra Neisseria meningitidis-CRM197 sorogrupo C: proliferação celular e produção de anticorpos funcionais
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14446 |
Resumo: | A meningite ainda é um grave problema de saúde pública provocando de 50 mil a 135 mil mortes anualmente por todo o mundo. No Brasil, o principal micro-organismo causador desta doença é Neisseria meningitidis sorogrupo C. A introdução de vacinas conjugadas contra essa infecção possibilitou uma nova ferramenta na prevenção e controle das epidemias. O efeito dessas vacinas está bem elucidado, porém, pouco se sabe sobre a resposta imunológica induzida por seus carreadores. O objetivo desse trabalho foi avaliar a resposta de anticorpos bactericidas induzida pela vacina anti-meningite sorogrupo C conjugada à proteína CRM197 (anti-MenC-CRM197) e a proteção cruzada contra a difteria inferida pela presença do carreador CRM197. Oito voluntários adultos sadios tiveram amostras de sangue coletadas antes e após 14 e 56 dias de uma e duas doses da vacina anti-MenC-CRM197. Foram dosados anticorpos bactericidas frente a cepa N753/00 de N. meningitidis utilizando uma fonte de complemento humano. A resposta proliferativa de linfócitos T CD4+ foi avaliada através da diluição do CFSE. Em seguida, verificou-se a proteção cruzada contra toxina diftérica analisada através de ensaio de neutralização com células VERO. Foi verificado um aumento na concentração de anticorpos bactericidas em 37,5% dos voluntários após a primeira dose e um aumento ainda maior e significativo (87,5%) quando administrada a segunda dose (p < 0,01). Houve uma tendência ao aumento na resposta proliferativa de linfócitos T CD4 após a primeira dose, embora não significativo. Os anticorpos neutralizantes dosados indicaram um aumento significativo após primeira imunização, fazendo com que 100% dos voluntários atingissem proteção completa contra difteria (títulos superiores ou iguais a 0,1 UI/mL). Após a segunda dose, não observamos aumento na concentração de anticorpos neutralizantes e os níveis de proteção se mantiveram. As correlações entre os parâmetros dosados apresentaram-se não significativas, possivelmente pelo pequeno número amostral. Com os dados apresentados conclui-se que a vacina anti-MenC-CRM197 induziu a proteção num baixo percentual de voluntários (37,5%) quanto à indução de anticorpos bactericidas e houve um aumento percentual (87,5%) após a segunda dose. Houve uma tendência ao aumento da proliferação de linfócitos T CD4+, porém não significativa. Também foi observado aumento da produção de anticorpos neutralizantes anti-toxina diftérica e este se mostrou significativo quando relacionado aos períodos antes e após a imunização (p < 0,01 para 14 e 56 dias após a primeira dose e 14 dias após a dose reforço, e p < 0,05 para 56 dias após a dose reforço). Observou-se uma correlação positiva, porém não significativa, na entre os níveis de anticorpos bactericidas e a ativação de linfócitos T CD4+, 14 dias após a primeira dose da vacina. Sendo assim, a vacina anti-MenC-CRM197 é capaz de induzir uma resposta de anticorpos tanto contra sua porção polissacarídica quanto contra sua porção proteica (carreador CRM197). |