Resposta de anticorpos induzida pela vacina conjugada contra Neisseria meningitidis C em crianças e adolescentes infectados pelo HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Castro, Raquel Bernardo Nana de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18260
Resumo: As infecções humanas causadas por Neisseria meningitidis continuam a ser um grave problema de saúde pública. A vacina conjugada contra N. meningitidis sorogrupo C (MenC) demonstrou ser segura e imunogênica em muitas populações de alto risco, com resultados variáveis de acordo com o grau de imunossupressão. Existem, entretanto, poucos dados sobre o uso dessa vacina em crianças e adolescentes infectados pelo HIV. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de anticorpos de pacientes infectados pelo HIV após imunização contra o MenC. Foi realizado um estudo de coorte prospectivo com 154 crianças e adolescentes de 2 a 18 anos de idade infectados verticalmente pelo HIV. Todos os indivíduos receberam duas doses da vacina conjugada (Novartis), via intramuscular. As amostras de sangue foram coletadas antes da imunização (V1) e 1-2 meses após (V2), 1 ano após a imunização (V3) e 1-2 após a dose reforço (V4). Utilizamos o ensaio bactericida para avaliação da resposta dos anticorpos bactericidas e o ELISA para avaliar a resposta dos anticorpos IgG anti-polissacarídeo C. Foram necessárias duas doses da vacina conjugada para soroconversão da maioria (70%) dos indivíduos. Houve redução acentuada de anticorpos bactericidas e de IgG específica um ano após a primeira dose da vacina. Registrou-se correlações positivas e significativas entre a resposta de anticorpos bactericidas para as 2 cepas de MenC e níveis de IgG anti-PS-C após 2 doses da vacina. O mesmo foi visto quando analisamos a correlação entre a frequência de soroconversão avaliada pelos dois testes. Observou-se ainda correlação significativa entre IgG anti-polissacarídeo C e títulos de SBA após a primeira dose da vacina apenas para a cepa N79/96, sugerindo a influência do radical orto-acetil (OAc), visto que o polissacarídeo da cepa N79/96 é OAc+ enquanto que a cepa N753/00 é OAc-. Este trabalho demonstrou que uma dose da vacina induziu memória imunológica nos pacientes HIV+, a qual foi ativada pela segunda dose. Esta foi essencial para a soroconversão da maioria dos pacientes. Resta-nos investigar o melhor período para aplicação da segunda dose, de forma que pudéssemos ter um percentual ainda maior de respondedores neste grupo de pacientes.