Propostas de barreiras para o uso seguro da insulina intravenosa: contribuições da prática da enfermagem
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11148 |
Resumo: | O objeto deste estudo são as características clínicas para hipoglicemia grave em pacientes críticos no pós-operatório de cirurgia cardíaca submetidos a controle glicêmico intensivo. Tem como objetivo geral elaborar uma barreira para prevenir a hipoglicemia grave no paciente crítico que usa infusão contínua de insulina, centrada na identificação das características clínicas para este evento pelo enfermeiro. Esta pesquisa procura contribuir com a farmacovigilância da insulina e com a qualidade da assistência de enfermagem. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, com análise em prontuário, desenvolvido em unidade cardiointensiva cirúrgica de um hospital público do Rio de Janeiro. Foram investigados 550 prontuários de 2012 a 2013, encontrando-se uma população de 168 pacientes que fizeram uso de insulina intravenosa em infusão contínua. As variáveis do estudo foram submetidas a tratamentos estatísticos não paramétricos e a medidas de associação. Os resultados mostram que a incidência de hipoglicemia geral foi de 8,97%, sendo a taxa de incidência de hipoglicemia grave de 2,85%. Dos 22 pacientes com hipoglicemia grave, observou-se que a maioria era homens (13,79%) com a mediana de idade de 57 anos, sobrepeso (10,34%), hipertensos (17,24%), diabéticos (10,34%) e isquêmicos (11,20%). Ao avaliar a média de escores de gravidade verificou-se o APACHE II de 16,36 (4,28), SOFA 6,18 (2,17) e a probabilidade média de óbito segundo o escore APACHE II de 10,90 (6,13). Apresentaram como fatores predisponentes para hipoglicemia grave estar em uso de aminas (p valor = 0.000000598), ter insuficiência renal (p valor = 0.005744), ter diabetes (p valor = 0,02588) e apresentar hematócrito inferior a 30% (p valor = 0.00009559). A média de utilização da insulina intravenosa foi de 13,03 (6,98) horas e tiveram uma mediana de 11 medidas glicêmicas. Três pacientes receberam insulina conforme o previsto pelo protocolo, 13 pacientes receberam insulina a mais e oito pacientes receberam insulina a menos. A média a de glicose ofertada foi de 1,16 (0,13) gramas/kg. A variação hipoglicêmica nos pacientes que fizeram insulina a mais foi de 13 mg/dl 59 mg/dl. Entre os pacientes que utilizaram insulina a menos, verificamos uma variação de 34mg/dl 58 mg/dl. Já os pacientes que se beneficiaram de insulina de acordo com o protocolo, apresentaram uma variação de 44 mg/dl 56 mg/dl. Portanto, para garantir o uso seguro na infusão de insulina, descrevem-se alguns cuidados específicos de enfermagem baseados nos fatores predisponentes e na indicação clínica de cada paciente. Acredita-se que o problema principal envolvido seja a necessidade da enfermagem moderna evoluir na construção e/ou renovação das formas de executar suas técnicas de trabalho em consonância com o desenvolvimento dos novos tratamentos prestados. Com isso contribuir para a qualidade da assistência à saúde, obtendo melhores resultados e evitando desfechos desfavoráveis para os pacientes. |