A escola d@s alun@s: as ocupações estudantis em 2016 no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medeiros, Diego
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17254
Resumo: Esta dissertação aborda as ocupações de escolas públicas do Rio de Janeiro por seus estudantes, no ano de 2016, em resposta à racionalidade neoliberal na educação e à crise econômica que se abateu sobre o estado. Busca-se compreender os momentos e motivações iniciais do movimento de ocupação assim como o seu desenvolvimento, tendo-se como foco as propostas e práticas dos estudantes em relação às ocupações realizadas. Para isso, são utilizados, como recursos de pesquisa, revisão de bibliografia sobre o tema, levantamento e análise de artigos de jornais e de outros materiais textuais que documentam aspectos variados do processo analisado e da conjuntura na qual o movimento se realiza, bem como entrevistas feitas especialmente com estudantes diretamente envolvidos em variadas ocupações. A dissertação está estruturada em 4 capítulos, nos quais, com base em autores como Edward Palmer Thompson, Mauro Iasi, Eder Sader e Breno Bringel, discute-se no primeiro a questão da transformação social levando-se em conta a questão da formação da consciência de classe e da produção de subjetividades; no segundo a racionalidade neoliberal na educação e sua implantação no Brasil e no Rio de Janeiro; no terceiro uma perspectiva teórica e histórica do movimento estudantil, tendo como referências a Reforma de Córdoba, o Maio de 69, a Rebelião dos Pinguins e o movimento estudantil no Brasil; e por fim o movimento de ocupações a partir, principalmente, do relato de 6 alunos.. Na conclusão propomos que as ocupações sejam entendidas como movimento estudantil sui generis que pode tanto ser analisado a partir das transformações estruturais e conjunturais que viviam o mundo, o país e o estado do Rio e Janeiro, como também por suas próprias experiências. Afirmamos também que as ocupações possibilitaram a produção de novas subjetividades a partir das experiências vividas e que por isso foram um exemplo de forma de organização popular que contribui para a transformação social.