Estágio inguinoescrotal da migração testicular: análise em 217 fetos humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Benzi, Tatiana Silva Costa Gregory
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22518
Resumo: O estudo do trajeto do testículo no período fetal pode ser uma ferramenta importante para a compreensão da criptorquidia, pois esta é uma das principais causas do câncer testicular e da infertilidade na idade adulta. Também considerada a alteração congênita em indivíduos masculinos mais frequente no atendimento ambulatorial. O objetivo deste estudo é avaliar a passagem dos testículos pelo canal inguinal em fetos humanos. Foi analisada a posição de 434 testículos em 217 fetos humanos com idade entre 10 e 35 semanas pós-concepção (SPC). Realizamos as medidas dos seguintes parâmetros: idade (SPC), peso (g), comprimento total (CT) (cm), comprimento vértice-cóccix (CVC) (cm) e comprimento dos pés (mm). Para fazer essas medições, utilizamos paquímetro digital, fita métrica e balança digital. Os fetos apresentaram pesos entre 14g e 2860g e CT variando de 8cm a 48cm. Este estudo classificou a posição testicular como: abdominal, inguinal e escrotal. Categorizou como abdominal todos os testículos observados na cavidade abdominal até o anel interno; como inguinal, todos os testículos observados entre o anel interno e o anel externo; e como escrotal, todos os testículos encontrados logo abaixo do anel externo até o escroto. A análise de regressão linear (RL) pelo método de Pearson mostrou que há uma correlação significante quando comparada a idade do feto com o seu peso, CT e CVC, tanto no período total analisado (entre a 10ª e a 35ª SPC) quanto no período em que foram encontrados os testículos no canal inguinal (entre a 17ª e a 29ª SPC). Observou que todos os testículos foram classificados como abdominal até a 16ª SPC, e que, após a 30ª SPC, todos foram classificados como escrotal. Todos os testículos classificados como inguinal (48 testículos), foram observados em 29 fetos que representaram apenas 13,36% da amostra, evidenciando que o estágio inguinoescrotal da descida testicular é um processo rápido e que ocorreu com mais intensidade entre a 20ª e a 26ª SPC.