Da solidão ao exílio: o amor como laço
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21972 |
Resumo: | Tratar da solidão em psicanálise é tratar do núcleo de exílio de cada ser falante, da experiência singular de habitar o corpo próprio; é tratar disso que não faz par, que só se experimenta sozinho. Ainda que solidão não seja um conceito analítico, tanto Freud quanto Lacan se debruçaram sobre ela, dando atenção à relação primordial com o Outro. Lacan avança e articula a solidão ao feminino a partir do termo Há-Um. O presente trabalho se propõe a examinar as origens do falasser. Tempo primordial e primitivo do qual o ser falante emerge no choque da língua com o corpo, esse verdadeiro trauma fundante. Para isso, trabalhamos a noção de supereu como uma marca desse encontro, diferenciando o supereu freudiano do supereu lacaniano. Se nenhum sujeito é causa de si mesmo, como é possível falar de solidão? Pensar a solidão articulada aos registros simbólico e imaginário nos permitiu pensá-la também em sua relação com as paixões do ser – amor, ódio e ignorância – que, no presente trabalho, podem ser lidas como três modos de defesa frente à solidão do Um. Propomos, assim, quatro modos de mascarar a solidão, nos quais as paixões comparecem, visto que, em seu horizonte, há sempre um Outro como causa do sofrimento e/ou estrago: o isolamento, o “sentir-se só” ligado à posição de abandono, a segregação e a devastação. A solidão no registro real é traço de exílio da linguagem, acontecimento de corpo, marca da entrada do falasser na linguagem. Ao formular o termo Há-Um, Lacan institui a diferença radical, uma lacuna que não se preenche; um furo – trou – que sustenta a diferença sexual; verdadeiro trauma do falasser. Assim, Há-Um é por excelência, a escrita da solidão. Por fim, fez-se um percurso sobre o amor em psicanálise, trazendo as modificações no campo do amor ao longo do ensino freudiano e lacaniano. Para pensar a dimensão do amor, mas, sobretudo, do novo amor, proposto por Lacan em seu último ensino, trouxemos o amor em sua amarração nos três registros: imaginário, simbólico e real. |