Equivalente metabólico em idosos: um contraponto à literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Venturi, Gabriela Rezende de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16509
Resumo: O equivalente metabólico (1-MET) é um conceito fisiológico que representa o custo energético das atividades físicas como múltiplos da taxa metabólica de repouso (TMR). Há uma premissa de que o valor de referência para 1-MET seria de 3,5 mL•kg-1•min-1, montante derivado do consumo de oxigênio (VO2) em repouso observado em um único homem com 40 anos de idade e massa corporal de aproximadamente 70 kg. Apesar de sua ampla utilização na área de prescrição de exercícios físicos, diferentes fatores podem interferir no VO2 de repouso, como idade, sexo, massa corporal, massa muscular, massa gorda, aptidão cardiorrespiratória, entre outros, abrindo espaço para um questionamento em relação a sua adequação para a população idosa. Sendo assim, a presente Tese de Doutoramento investigou o tema através de dois estudos específicos: o primeiro, uma revisão sistemática, na qual foi realizado um levantamento do estado da arte acerca dos valores de 1-MET e das variáveis que o influenciam; O segundo, um estudo original, no qual o valor do 1-MET de idosos e sua possível relação com variáveis composição corporal e aptidão cardiorrespiratória foi investigada. A revisão sistemática foi realizada através de buscas nas bases de dados US National Library of Medicine (MEDLINE), Web of Science e Cochrane Library, Scopus e Sportdiscus utilizando os descritores “metabolic equivalent”, “Basal Metabolism” e “Indirect Calorimetry” retirados da Biblioteca Virtual em Saúde e seus sinônimos do Medical Subject Headings, utilizando os operadores de lógica AND entre os descritores e OR entre os sinônimos. Os filtros aplicados foram “idade” (≥65 anos) e “espécie” (humanos); e a estratégia PICOS foi adotada como critério de inclusão. Ao final concuiu-se que que existe forte relação entre as alterações da composição corporal e a redução de 1-MET, sendo a MLG a principal variável preditora dessa redução; e que o valor padrão de 1-MET que vem sido utilizado, não reflete o metabolismo energético dos idosos, tendo em vista o processo de envelhecimento. No estudo original foram realizados o exame de absorciometria por dupla emissão de raios-X para determinação da composição corporal, teste cardiopulmonar de esforço máximo para determinação do VO2máx, e calorimetria indireta em repouso para determinação do 1-MET em 58 voluntários com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, fisicamente ativos. Os resultados do teste t de Student apresentaram menores valores de 1-MET quando comparado ao valor de referência de 3,5 mL•kg-1•min-1 (2,3 mL•kg-1•min-1; p<0,001); e da análise fatorial exploratória apresentaram dois fatores: o primeiro foi denominado “Tamanho e Composição Corporal” sendo responsável por explicar 53,4% da variância, e o segundo, denominado “Metabolismo”, foi responsável por 23,0% da variância total. Juntos, os fatores explicaram 76,4% da variância acumulada. Concluiu-se que as variáveis ASC, IMC, MG e VO2máx, relacionadas ao ‘tamanho e composição corporal’ e ao ‘componente metabólico’, apresentam-se como fatores que participam do comportamento do 1-MET e juntas explicam 76,4% da variância acumulada e em especial, o 1-MET e o VO2máx possuem variações similares, levantando a hipótese de que a aptidão cardiorrespiratória pode ser a principal variável influenciadora do 1-MET