Demanda metabólica anaeróbia em intensidades máxima e supramáximas de nado: comparação entre distâncias, métodos e sexos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Massini, Danilo Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191640
Resumo: A quantificação demanda metabólica anaeróbia fornece diretrizes relevantes para a elaboração do treinamento (REDKVA et al., 2018; URSULA et al., 2019) e, consequentemente, elaboração de estratégias de competições e predição de desempenho (ARCOVERDE et al., 2017; CAMPOS et al., 2017; URSULA et al., 2019). Frequentemente, suas determinações são obtidas por estimativas indiretas (PANISSA et al., 2018; ZIGNOLI et al.,2019), devido os métodos diretos serem invasivos (biópsia muscular) (MILLER et al., 1993; ZIGNOLI et al.,2019) ou caros (imagem de ressonância magnética) (NOORDHOF et al., 2013; MUNIZ-PUMARES et al., 2017; ZIGNOLI et al.,2019). Nesse sentido, são observados diferentes métodos de estimativa do metabolismo anaeróbio, embora ainda não há um consenso na literatura quanto a equidade desses métodos. Assim, o objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura sistemática para identificar os métodos de quantificação da demanda metabólica anaeróbia e, em seguida analisar estatisticamente somente os estudos que compararam esses métodos quanto as suas similaridades fisiológicas. A revisão sistemática seguiu as recomendações do PRISMA (MOHER et al., 2009) e as buscas foram realizadas nas bases de dados da PubMed e ScienceDirect. A metanálise foi realizada através da Forest-plot e sua inconsistência (I 2 ) de acordo com Higgins et al. (2003). Verificou-se o risco de viés pelo Funnel-plot e sua significância estatística pelos testes de Begg-Mazumdar (BEGG & MAZUMDAR, 1994) e Egger (EGGER et al., 1997). O nivel de significância foi estabelecido em α ≤ 0,05. Foram elegíveis 25 estudos, com predominância da quantificação da demanda metabólica anaeróbia pelos métodos do déficit acumulado de O2 (AOD) e do débito alático e láctico de O2 (EAn) que apresentaram similaridades entre os métodos nas intensidades de maior ativação anaeróbia (110 a 115% iV̇ O2max) e nível de treinamento das populações analisadas, como também uma relação direta entre o metabolismo anaeróbio e massa muscular ativa ao confrontar o ciclismo com a corrida. A metanálise aplicada em 5 estudos considerou 7 comparações metodológicas e com base no modelo de efeitos aleatórios (I 2 = 86,5%; p < 0,001) não houve efeito do método (MD = 0,0027; IC95% = -0,2793 – 0,2848; z = 0,02; p = 0,985) sobre a determinação da demanda anaeróbia, como iv também não houve viés de publicação de acordo com os testes de Begg-Mazumdar (p = 0,652) e de Egger (Intercepto = -0,22; t[5] = 0,11; p = 0,917). Dessa forma, observa-se uma equidade fisiológica com suporte estatístico entre os métodos de quantificação da demanda metabólica anaeróbia para as modalidades e intensidades analisadas.