Poesia verbalista urbana: poética e política no Rio de Janeiro dos anos 1980
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16798 |
Resumo: | Este trabalho estruturou-se através da análise textual e da reconstituição histórica e crítica do papel da poesia carioca oralizada em espaços públicos, dentro do processo que ficou comumente conhecido como a “redemocratização brasileira” dos anos 1980, objetivando sempre apreciar as várias relações estabelecidas, nesse período, entre poesia e política. As análises se debruçam, a princípio, numa revisão panorâmica e crítica dos principais movimentos e grupos atuantes na literatura brasileira, desde os anos 1950 até o momento aqui colocado em foco, mostrando como foram os processos artísticos que se encadearam, com os precedentes influenciando os que ocorreram depois. Com maior nível de detalhes, porém, o estudo destaca a atuação de alguns dos principais coletivos poéticos cariocas dos anos 1980, dando total prioridade àqueles que promoviam eventos nas ruas ou em quaisquer outros espaços abertos ao grande público. Um estudo ainda mais profundo de casos focaliza três movimentos poéticos urbanos que são bastante simbólicos e ficaram muito conhecidos: a “Feira de poesia independente”, que atuava propositalmente no maior centro de debates políticos no Rio de Janeiro da época (e de hoje) – a Cinelândia, o “Passa na praça que a poesia te abraça”, evento que, sendo itinerante, rodava por várias praças cariocas semanalmente, levando poesia, teatro, música e outras artes a todas as regiões do estado, principalmente às chamadas áreas periféricas do Rio de Janeiro, e o “Movimento de Arte Pornô”, que se autodenomina até os dias de hoje como sendo o “último movimento de vanguarda da literatura e das artes em geral ocorrido em terras brasileiras”. Os artistas pornôs oitentistas buscavam, por meio de performances, que mesclavam nudez com poesia oralizada, mostrar que a literatura precisava sair da sua condição de sacralidade e hermetismo para estar no meio de todos que quisessem tomá-la para si. Com tudo isso, os poetas verbalistas oitentistas não só atuaram bastante no processo de retomada da democracia no Brasil, depois de uma longa ditadura de 21 anos, como também puderam promover a popularização e a deselitização do poeta e de seu fazer artístico, a poesia |