Avaliação do efeito antitumoral de caveol e cafestol em cultura de células MBA-MD-231
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16320 |
Resumo: | Com o aumento da expectativa de vida do homem e fatores como poluição ambiental, o câncer se tornou cada vez mais frequente na população. Ele é uma doença heterogênea com classificação baseada em diferentes parâmetros, como clínicos e moleculares. Em todos os tipos da doença, como no câncer de mama, fatores como ativação constitutiva de vias de sinalização, entre elas JAK-STAT, e subtipo molecular contribuem fortemente para a resistência tumoral ao tratamento. Além disso, as células tumorais possuem mecanismos conhecidos como hallmarks , que sustentam o desenvolvimento da doença. A estratégia terapêutica utilizada consiste, então, em combinar as terapias convencionais a fim de aumentar o sucesso do tratamento. Porém, resulta em diversos efeitos colaterais e aumento da resistência tumoral. Desta forma, tratamentos à base de compostos naturais surgem como uma alternativa menos agressiva de combinação para o paciente. Estudos in vitro, epidemiológicos e de coorte mostram que o consumo de café está associado à redução da incidência geral de câncer. Isso se deve à presença dos diterpenos Caveol e Cafestol (CK) encontrados no café torrado e moído, cuja concentração na fração lipídica da bebida varia de acordo com o preparo. Até então, sabe-se pouco sobre os mecanismos de atuação de CK sobre o câncer. Assim sendo, o presente estudo visou investigar o potencial antitumoral de CK na linhagem de câncer de mama MDA-MB-231, STAT3 dependente. As células foram tratadas com diferentes concentrações de CK para verificar seu efeito sobre a viabilidade e proliferação celular; também em co-tratamento com o quimioterápico Doxorrubicina. Em seguida, as células foram tratadas com 100 µM de CK por 24 h para avaliação do efeito quanto ao potencial de migração e invasão, metabolismo oxidativo (através dos níveis de Espécies Reativas de Oxigênio), angiogênese (níveis de RNA mensageiro de VEGFA) e expressão gênica de STAT3 por meio de diferentes ensaios. Por fim, uma análise em larga escala foi feita a fim de obter um panorama geral do efeito de CK na regulação da expressão gênica. Os resultados mostraram que CK não alteraram a viabilidade celular, porém todas as concentraçãos protegeram as células da morte induzida pela Doxorrubicina. O tratamento com 100 µM de CK por 24 h retardou a migração das células e não apresentou efeito no potencial invasivo. Quanto ao metabolismo oxidativo e potencial de angiogênese, os resultados não foram significativos. O tratamento com 100 µM de CK resultou em redução da taxa de apoptose de 10 % para 7 % após 24 h. Não foi possível inferir o efeito de CK na expressão de STAT3. Na análise do perfil de expressão gênica, o tratamento com 100 µM de CK por 24 h resultou em aumento dos níveis de RNA mensageiro de genes relacionados à modificação de histonas e reguladores da divisão celular, bem como redução dos níveis de genes pró-inflamatórios e também reguladores da divisão celular. Portanto, este trabalho sugere que o mecanismo de ação de CK no desenvolvimento tumoral é através da regulação a nível transcricional do processo inflamatório e proliferação celular. |