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Comportamento tipo depressivo em ratos submetidos a um modelo de hipóxia-isquemia pré-natal: avaliação morfofuncional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marques, Kethely Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22384
Resumo: A hipóxia-isquemia pré-natal (HI) é grande causa de morbimortalidade, com danos ao sistema nervoso central (SNC). Cerca de 25% dos bebês diagnosticados com encefalopatia por HI desenvolvem sequelas duradouras, inclusive a depressão, na vida adulta. Já foram descritas lesões permanentes no cortex cerebral pós HI e o córtex pre-frontal (PFC) é uma região relacionada à modulação do humor. O objetivo desse trabalho é avaliar o comportamento tipo depressivo; a distribuição da proteína marcadora de atividade sináptica (sinaptofisina), a população neuronal e os níveis de tirosina-hidroxilase (TH) no PFC, em um modelo de HI pré-natal em ratos. Ratas Wistar no 18º dia de gestação, tiveram seus cornos uterinos expostos, sob anestesia, e as artérias uterinas obstruídas por 45min (Grupo HI). No grupo controle (SH), os cornos uterinos também foram expostos, mas sem obstruir as artérias. Após a cirurgia, a gestação prosseguiu e os filhotes nasceram a termo. Aos 45 dias pós-natal, a prole foi submetida ao teste comportamental de preferência à sacarose e ao teste de nado forçado, cuja imobilidade é interpretada como comportamento tipo depressivo. Observamos que o grupo HI consumiu menos sacarose que o grupo SH. Com o teste de nado forçado verificamos que os machos do grupo HI permaneceram imóveis por mais tempo do que as fêmeas do mesmo grupo e, os machos do grupo HI permaneceram mais tempo imóveis do que os machos do grupo SH. Observamos que a marcação da sinaptofisina por imunohistoquímica é reduzida nos animais machos que sofreram o insulto hipóxico-isquêmico quando comparados aos machos do grupo SH. Além disso, observamos uma redução no número de neurônios no PFC dos animais que sofreram a lesão. Verificamos também uma redução nos níveis da enzima TH no PFC de animais machos do grupo HI. Nossos dados demonstram que o insulto HI em E18 alterou de forma significativa o comportamento tipo depressivo em animais machos do grupo HI. No mesmo grupo foi demonstrada redução na marcação para sinaptofisina e nos níveis da enzima TH no PFC. Nossos resultados reforçam a importância desse modelo no estudo dos efeitos das lesões desencadeadas por HI, pois reproduz o aumento do comportamento tipo depressivo no grupo HI, e sugerem que os machos sejam mais vulneráveis às alterações desencadeadas por HI na circuitaria moduladora do humor.